Amor entre mulheres: afetividades e violência no contexto prisional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p82-95

Palavras-chave:

Encarceramento feminino, Sexualidade, Violência

Resumo

Neste artigo, refletimos sobre as possibilidades da existência de amor e afeto nas relações entre mulheres encarceradas como elemento potente para pensar as representações de poder e violência operadas pelo Estado, a partir de narrativas de mulheres que cumprem pena restritiva de liberdade no Presídio Feminino Talavera Bruce, na cidade do Rio de Janeiro. As narrativas dessas mulheres, feitas por meio de entrevistas, configuram os significados que podem indicar a intervenção violenta do Estado sobre essas relações através de diversos atores que trabalham no presídio. As relações não heterossexuais são comuns nesses espaços institucionais e, ao problematizarmos as representações de corpos e práticas que fogem à norma heterossexual, acendem uma série de suposições quanto às identidades de gênero e orientação sexual, no entanto, rompem fronteiras e convocam seu (re)conhecimento não só naquele espaço, como também em todas as esferas da sociedade. Nas fissuras das narrativas desse universo, foi possível mostrar para além do senso comum que tais relações se constituem por motivos diversos entre os quais o afeto, o amor, a solidariedade e também interesses de ordens diversas, o que é comum nas narrativas de agentes penitenciários e outros trabalhadores do presídio a respeito de tais relações.

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Biografia do Autor

Andréa de Freitas Paixão, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

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Publicado

2022-05-14

Como Citar

PAIXÃO, A. de F. Amor entre mulheres: afetividades e violência no contexto prisional. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 7, n. 20, p. 82–95, 2022. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p82-95. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/13756. Acesso em: 21 dez. 2024.