Entre a formação de educadores químicos e as histórias de vida
paralelismos na trajetória da formação docente
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v13n2.p83Palabras clave:
Formação docente, Ensino de Química, Histórias de vidaResumen
O encontro com a profissão docente acontece ao longo da jornada enquanto estudante. Os caminhos seguintes são peculiares às vivências de cada docente, pois se entrelaçam com as escolhas e os acontecimentos das histórias de vida. O objetivo deste trabalho foi refletir sobre a trajetória de vida de uma estudante e, posteriormente de uma professora, com o cenário descrito na literatura sobre as características do ensino de Química e da formação docente. Este estudo de cunho qualitativo, assentado nas narrativas de história de vida, foi fruto de um recorte de uma dissertação de mestrado. Para tanto, os acontecimentos foram descritos por fases da vida da biografada, desde as experiências estudantis, passando pela formação durante a graduação, a pós-graduação e sua atuação docente. Ao longo do texto, observou-se similaridades das situações descritas com circunstâncias abordadas por autores que tratam da formação de professores de Química. Ademais, os elementos analisados demonstram uma resistência às mudanças no cenário da formação de professores no decorrer dos anos, fator que influencia numa manutenção do círculo vicioso de deficiências na formação docente e consequentemente na aprendizagem dos estudantes. Conclui-se que o compartilhamento de experiências por meio dos estudos autobiográficos contribui para reflexões acerca do cenário de formação de professores de Química, bem como para facilitar uma identificação de outros professores, os quais porventura tenham vivenciado algo semelhante.
Descargas
Citas
ARAÚJO, Paloma S. L. de; OLIVEIRA, Djalma A.; SILVA, Ana Paula F. da. (2021). A influência da experimentação na formação inicial e suas implicações na formação de professores de química no Agreste de Pernambucano. Scientia Naturalis, v. 3, n. 2, p. 563-575, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/5664 Acesso em: 01 de agosto de 2023.
BASTOS, Amélia; FERRÃO, Maria Eugénia. (2019). Análise da retenção escolar através de modelos multinível: um estudo em Portugal. Caderno de Pesquisa, v. 49, n. 174, p. 270-289.
BELO, Taciane N.; LEITE, Luísa B. P.; MEOTTI, Paula R. M. (2019). As dificuldades de aprendizagem de química: Um estudo feito com alunos da Universidade Federal do Amazonas. Scientia Naturalis, v. 1, n. 3, p. 1-9. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/2540. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
BRANDT, Jaqueline Z.; TEJEDO-ROMERO, Francisca; ARAÚJO, Joaquim Filipe F. E. (2020). Fatores influenciadores do desempenho acadêmico na graduação em administração pública. Educação e Pesquisa, v. 46, e202500 p. 1-20. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/RF8cFBPnKjNqYPJkLjZVpHg. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Câmara da Educação Superior. Parecer nº 1.301/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1303.pdf. Acesso em: 09 de janeiro de 2023.
CACHAPUZ, Antônio; PÉREZ-GIL, Daniel; CARVALHO, Ana Maria P. de; PRAIA, João; VILCHES, Amparo (2011). A necessária renovação do ensino das Ciências. 3. ed. São Paulo: Cortês, 264p.
CHAVES, Pedro J. da S.; CAVALCANTE, M. M. D.; MARTINS, Elcimar S. (2020) Didática como Ciência e Didática como componente curricular em cursos de Formação de Professores: análise de documentos oficiais e percepções de estudantes. Revista Cocar, Edição Especial, n. 8, p. 126-145.
COULON, Alain; SANTOS, Georgina G.; SAMPAIO, Sônia Maria R. (2008) Condição de Estudante: a entrada na vida universitária. Salvador: EDUFBA, 2008. 278p.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André A.; PERNAMBUCO, Marta Maria C. A. (2011). Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 364p.
FIRMINO, Nairley C. S.; MAIA, Fábel F. S.; FIRMINO, Diego F.; SOUZA, Andréa M. C.; LIMA, Anna Érika. F.; COSTA; Elisangela A. S.; MARTINS, Elcimar S. (2022) Acolhida na disciplina de Prática de Ensino como potencial para diálogos reflexivos para os licenciandos de um curso de Química. Research, Society and Development, v. 11, n. 1, p. 1-13. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24512. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
FRANCO, Maria Amélia S.; PIMENTA, Selma G. (2016). Didática multimensional: por uma sistematização conceitual. Educação e Sociedade, v. 37, n. 135, p. 539-553. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/9KvRMpt5MSQJpB5pqYKfnyp/?lang=pt. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
GATTI, Bernadete A. (2017). Formação de professores, complexidade e trabalho docente. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 17, n. 53, p. 721-737.
GUERRA, Leonan; OLIVEIRA, F. V. de; CANDITO, V.; SCHETINGER, M. R. C. (2021). O ensino de Ciências na formação inicial em Pedagogia: abordagens metodológicas no desenvolvimento da práxis docente. Revista Triângulo, v. 14, n. 1, p. 71–91. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/5301. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
LEITE, Luciana R.; LIMA, José Ossian G. de. (2015) O aprendizado da Química na concepção de professores e alunos do ensino médio: um estudo de caso. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. (online), v. 96, n. 243, p. 380-398. Acesso em: https://www.scielo.br/j/rbeped/a/Z3qM9nR3H3XCDr3HGsXx6pq/abstract/?lang=pt. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
LIBÂNEO, José C. (2013). Didática. 2. ed. Editora: Cortez.
LIMA, José Ossian G. de. (2012). Perspectivas de novas metodologias no Ensino de Química. Revista Espaço Acadêmico, v. 12, n. 136, p. 95-101.
LIMA, José Ossian G. de. (2016). O ensino da Química na escola básica: o que se tem na prática, o que se quer em teoria. Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista, v. 6, n. 2, p. 23-38.
LIMA, José Ossian G. de.; LEITE, Luciana R. (2012). O processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Química: o caso das escolas do ensino médio de Crateús/Ceará/Brasil. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciências, v. 7, n. 2, p. 72-85.
MAIA, Juliana O.; VILANI, Alberto (2016). A relação de professores de Química com o livro didático e o caderno do professor. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 15, n. 1, p. 121-146.
MALDANER, Otávio A. (2000). A formação inicial e continuada de professores de Química professor/pesquisador. 1ª Ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 424p.
MARQUES, Carolina S.; PEREIRA, Breno A. D.; ALVES, Juliana N. (2010). Identificação dos principais fatores relacionados à infraestrutura universitária: uma análise em uma IES pública. Sociais e Humanas, v. 23, n. 01, p. 91-103.
MARQUES, Valéria; SATRIANO, Cecília S. (2017). Narrativa autobiográfica do próprio pesquisador com fonte e ferramenta de pesquisa. Linhas Críticas, v. 23, n. 51, p. 369-386. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/8231. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
MARTINS, Elcimar S. (2014). Formação contínua e práticas de leitura: o olhar do professor dos anos finais do ensino fundamental. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação. 190p.
OLIVEIRA, Yuri A.; RODRIGUES, Rogério P.; CARDOSO, Andrea G.; SANTOS, João Paulo V.; GOULART, Simone M. (2021). Undergraduate chemistry students’ dropout and retention at the IFG, Itumbiara Campus. Multi-Science Journal, v. 4, n. 1, p. 38-51.
PEREIRA, Pamela R. da S.; SILVA, Katharine N. P. (2019). Trabalho docente e Ensino de Química no Ensino Médio Integral. Educação: Teoria e Prática, v. 29, n. 6, p. 404-421.
PIRES, Ronaldo G.; SOARES, Ana Paula C. C. (2020). Ensino de Ciências na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental: perspectivas de trabalho. ENCITEC – Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista, v. 10, n. 2, p. 89-104.
QUADROS, Ana Luiza.; MORTIMER, Eduardo F. (2018). Aulas no Ensino Superior: estratégias que envolvem os estudantes. Curitiba: Appris, 254p.
RIGUE, Fernanda M.; CORRÊA, Guilherme C. (2021). Uma genealogia da didática pelo viés da formação inicial de professores de Química no Brasil. Acta Scientiarum. v. 43, p. 1-10. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-52012021000100227. Acesso em: 01 de agosto de 2023.
SANTOS, Roberto V. (2005). Abordagens do processo de ensino e aprendizagem. Revista Integração. Ano XI, n. 40, p. 19-31.
SILVA, Wanderson D. A. da. (2020). História e memória do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal do Ceará (1995-2019): entre concepções e identidades curriculares. 2020. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
SILVA, Camila S.; OLIVEIRA, Luiz Antônio A. Formação inicial de professores de química: formação específica e pedagógica. In: NARDI, R. (Org.). Ensino de ciências e matemática, I: temas sobre a formação de professores. São Paulo: Editora Unesp, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/g5q2h/pdf/nardi-9788579830044-04.pdf. Acesso em: 10 de janeiro de 2022.
VIVEIRO, Alessandra A.; CAMPOS, Luciana Maria L. (2014). Formação inicial de Professores de Ciências: Reflexões a partir das abordagens das estratégias de ensino e aprendizagem em um curso de licenciatura. ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.7, n.2, p. 221-249.
XAVIER, Alan M.; STEIL, Leonardo J. (2018). Formação continuada de professores em exercício no Ensino Superior. Proposições, v. 29, n. 3 (88), p. 305-322.
ZEICHNER, Kennett M. Formando professores reflexivos para a educação centrada no aluno: possibilidades e contradições. In: BARBOSA, R. L. L. (Org.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: UNESP, 2003. p. 35-55.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Pontos de Interrogação o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.