As lições da Ópera de Pequim no Brasil
Do hermetismo à congregação
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v14n1.p37Palavras-chave:
Teatro no Brasil. Ópera de Pequim. Recepção teatral. Anos 1950.Resumo
Encenada no Brasil pela primeira vez em 1956 por uma trupe teatral vinda da recém-estabelecida República Popular da China, a Ópera de Pequim (ou Jingju) ergueu, em ambas as medidas, obstáculos e vias de congregação. Embora a sua cena, determinada por um sistema semiótico bastante particular, tenha se chocado contra a dificuldade de apreensão por bases efetivamente críticas, a sua capacidade histórica de trânsito internacional, em contrapartida, selou um triunfo cultural e diplomático. Este artigo apresenta a trajetória de exportação da teatralidade nos anos seguintes à fundação da República da China, no início do século XX, e o seu posterior uso por representantes do regime de Mao Zedong para a entrada em solo brasileiro, analisando as conturbações imediatas e o acolhimento que os artistas terminaram por conquistar, dos mais extraordinários.
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