AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS MATRICULADOS EM UM PROGRAMA UNIVERSITÁRIO PARA IDOSOS

Autores

  • Everton Boff Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
  • Taíne Gregory Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

DOI:

https://doi.org/10.29327/ouricuri.v9.i1.a3

Palavras-chave:

Saúde, Estilo de vida, Doenças crônicas, Terceira idade.

Resumo

O envelhecimento populacional em alguns países, como no Brasil é notório, é caracterizado por um aumento considerável da população acima de 60 anos. Esse fenômeno vem demandando novos tratamentos e cuidados para a manutenção de uma boa saúde, considerando o envelhecimento como um processo fisiológico natural na vida das pessoas. Entretanto, muitos indivíduos da terceira idade não compreendem tais recomendações e necessitam de cuidados específicos de saúde, o que leva profissionais da saúde demandarem pesquisas e consequentes entendimentos dessa fase tão importante da vida humana. Este trabalho objetivou estudar a presença de doenças crônicas não transmissíveis e a polimedicação em idosos que frequentam a Universidade da Terceira Idade (UNITI) da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), assim como o apoio familiar à mesma. Adicionalmente, investigou a presença de depressão geriátrica, bem como a capacidade funcional, cognitiva e perceptiva dos idosos sobre a própria qualidade de vida, em diversos âmbitos. Os resultados encontrados demonstram que a população idosa entrevistada é portadora de doenças crônicas não transmissíveis e depressão leve, com pouco comprometimento de suas capacidades funcionais e cognitivas. Apresentam boa qualidade de vida, considerando os âmbitos físico, psicológico, social e a relação com o meio ambiente. Diante disso, conclui-se que os alunos da UNITI, programa mantido pela UNOESC, apresentam dados semelhantes com a realidade nacional em alguns aspectos, porém, melhores resultados em outros, demonstrando um nível de qualidade de vida superior ao da maioria da população brasileira pertencente a essa faixa etária, confirmando que o aprendizado em sala de aula está sendo colocado em prática pelos idosos, refletindo em melhor qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de classificação econômica Brasil, 2015. Disponível em: http://www.abep.org/criterio-brasil. Acesso em: 02 jul. 2015.

Aires, M.; Bierhals, C. C. B. K.; Paskulin, L. M. G.; Valer, D. B. O significado de envelhecimento saudável para pessoas idosas vinculadas a grupos educativos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 18 (4), 809-819, 2015.

Altman, M. O envelhecimento à luz da psicanálise. Jornal de Psicanálise, 44(80), 193-206, 2011.

Araújo, F. C.; Gomes, R.; Nascimento, E. F. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Revista Saúde Pública, 23(3), 565-574, 2007.

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agencia de Notícias. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, 2017.

Brasil. Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 3 out. 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Carvalho, M. F. C.; Romano-Lieber, N. S.; Bergsten-Mendes, G; Secoli, S. R.; Ribeiro, E.; Lebrão, M. L.; Duarte, Y. A. O. Polifarmácia entre idosos do Município de São Paulo - Estudo SABE. Revista Brasileira de Epidemiologia, 15(4), 817-827, 2012.

Conselho Federal De Psicologia. Envelhecimento e subjetividade: desafios para uma cultura de compromisso social. Brasília, 2008. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/05/livro_envelhecimentoFINAL.pdf. Acesso em: 23 de jan. 2019.

Costa, E. M. Gerontodrama: A velhice em cena. Estudos clínicos e psicodramáticos sobre o Envelhecimento e a terceira idade. São Paulo: Ágora Editora, 1998.

Costa, L. Acadêmico idoso no ensino superior: caraterística de altas habilidades/superdotação? Universidade de Santa Maria, RS, 2012. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/7003/COSTA%2C%20LEANDRA%20COSTA%20DA.pdf?sequence=1&isAllowed=y >. Acesso em: 11 jul. 2018.

Ferrari, J. F.; Dalacorte, R. R. Uso da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage para avaliar a prevalência de depressão em idosos hospitalizados. Scientia Médica, 17(1), 3-8, 2007.

Ferreira, M. B. C. Prescrição de medicamentos em geriatria. In: FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

Flores, L. M.; Mengue, S. S. Uso de medicamentos por idosos em região sul do Brasil. Revista Saúde Pública, 39(6), 924-929, 2005.

Fonseca, A. M. Promoção do desenvolvimento psicológico no envelhecimento. Contextos Clínicos, 3(2), 124-131, 2010.

Geib, L. T. C. Determinantes sociais da saúde do idoso. Ciência Saúde Coletiva, (17)1, 123-133, 2012.

Gullich, I.; Duro, S. M. S.; Cesar, J. A. Depressão entre idosos: um estudo de base populacional no Sul do Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19(4), 691-701, 2016.

Lawton, M. P. The varieties of well-being. Experimental Aging Research, 9(2), 159-170, 1983.

Lopes, M. E. P. S. A velhice no século XXI: a vida feliz e ainda ativa na melhor idade. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 34(1), 27-30, 2012.

Machado, F. N. Capacidade e desempenho para a realização das atividades básicas de vida diária: um estudo com idosos dependentes. Minas Gerais, Brasil. 129f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2010.

Mahoney, F. I.; Barthel, D. W. Functional evaluation: The Barthel Index. Maryland State Medical Journal, 5(14), 61-65, 1965.

Marcon, S. Polimedicação e fatores associados em idosos que frequentam a cidade do idoso de Chapecó/SC. Santa Catarina, Brasil. 112f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó. 2016.

Morais, E. P. Envelhecimento no meio rural: condições de vida, saúde e apoio dos idosos mais velhos de Encruzilhada do Sul – RS. 215 f. Tese (Doutorado em Enfermagem Fundamental) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. 2007.

Neves, S. J. F.; Marques, A. P. O.; Leal, M. C. C.; Diniz, A. S.; Medeiros, T. S.; Arruda, I. K. G. Epidemiologia do uso de medicamentos entre idosos em área urbana do Nordeste do Brasil. Revista Saúde Pública, 47(4), 759-768, 2013.

Nordon, D. G.; Guimarães, R. R.; Kozonoe, D. Y.; Mancilha, V. S.; Dias Neto, V. S. Perda Cognitiva em Idosos. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 11(3), 5-8, 2009.

Papaléo Neto, M. Ciência do envelhecimento: abrangência e termos básicos e objetivos. In: Papaléo Neto, M. Tratado de Gerontologia. 2.ed., São Paulo: Atheneu, 2007.

Parahyba, M. I.; Veras, R.; Melzer, D. Incapacidade funcional entre as mulheres idosas no Brasil. Revista de Saúde Pública, 39(3), 383-391, 2005.

Pereira, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

Ribas, C.; Oliveira, K. R. Perfil dos medicamentos prescritos para idosos em uma Unidade Básica de Saúde do município de Ijuí-RS. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(1), 99-114, 2014.

Ribeiro, P. C. C.; Yassuda, M. S. Cognição, estilo de vida e qualidade de vida na velhice. In: Neri, A. L. (org.) Qualidade de vida na velhice: enfoque multidisciplinar. Campinas: Editora Alínea, 2007.

Rikli, R. E.; Jones, C. J. Teste de Aptidão Física para Idosos. 1ª ed. Barueri: Manole. 2008.

Rosa, T. E. C.; Benício, T. E. C.; D’Aquino, M. H.; Latorre, M. R. D. O.; Ramos, L. R. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Revista Saúde Pública, 37(1), 2003.

Rozenfeld, S.; Fonseca, M. J. M.; Acúrcio, F. A. Drug utilization and polypharmacy among the elderly: a survey in Rio de Janeiro City, Brazil. Revista Panamericana Salud Pública, 23(1), 34-43, 2008.

Schneider, R. H.; Irigaray, T. Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia, 25(4), 585-593, 2008.

Secoli, S. R. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(1), 136-140, 2010.

Shepard, R. J. Envelhecimento, Atividade Física e Saúde. São Paulo: Phorte, 2003.

Silva, L. R. F. Da velhice à terceira idade: o percurso histórico das identidades atreladas ao processo de envelhecimento. História, Ciências, Saúde, 15(1), 155-168, 2008.

Silva, H. S.; Lima, Â. M. M.; Galhardoni, R. Envelhecimento bem-sucedido e vulnerabilidade em saúde: aproximações e perspectivas. Interface: comunicação, saúde e educação, 14(35), 867-877, 2010.

Silva, A. L.; Ribeiro, A. Q.; Klein, C. H.; Acurcio, F. A. Utilização de medicamentos por idosos brasileiros, de acordo com a faixa etária: um inquérito postal. Cadernos de Saúde Pública, 28(6), 1033-1045, 2012.

Tavares, D. E. A presença do aluno idoso no currículo da universidade contemporânea: uma leitura interdisciplinar. 297f. Tese (Doutorado em Educação: Currículo) Pontifícia Universidade Católica, São Paulo. 2008.

Veras, R. P. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Revista Saúde Pública, 43(3), 548-554, 2009.

Veras, R. P.; Caldas, C. P. Promovendo a saúde e a cidadania do idoso: o movimento das universidades da terceira idade. Ciência e Saúde coletiva, 9(2), 423-432, 2004.

World Health Organization (WHO). Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.

Downloads

Publicado

2019-06-22

Como Citar

BOFF, E.; GREGORY, T. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS MATRICULADOS EM UM PROGRAMA UNIVERSITÁRIO PARA IDOSOS. Revista Ouricuri, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 027–041, 2019. DOI: 10.29327/ouricuri.v9.i1.a3. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/6039. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão