ACIDENTES POR SERPENTES PEÇONHENTAS (Squamata; Reptilia) EM INDÍGENAS NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.29327/ouricuri.v9.i1.a2Palavras-chave:
Ofidismo, Saúde pública, Doenças tropicais negligenciadasResumo
O objetivo deste estudo, foi analisar a frequência e distribuição dos acidentes por serpentes peçonhentas em populações indígenas no Brasil. Foi realizado um delineamento ecológico espacial e temporal, descritivo, de caráter exploratório, com abordagem quantitativa no Brasil, durante o período de 2007 - 2016, com base nos dados disponíveis no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Os resultados demonstraram 8.707 casos notificados, com predomínio nas regiões Norte e Centro-Oeste, e com predomínio de acidentes provocados pelo gênero Bothrops (86%). Quanto a gravidade, a maioria dos acidentes foram classificadas como leves, a maior frequência de acidentes ocorreu entre as faixas etárias de 20-39 anos para ambos os sexos, e a ocorrência desses acidentes é consideravelmente maior em todas as regiões com os homens 69% quando comparados as mulheres 31%. Foi possível estabelecer comparações através da frequência dos acidentes ofídicos em populações indígenas entre as regiões do Brasil quanto aos gêneros das serpentes envolvidas nos acidentes, assim como, relacionar com as fitofisionomias regionais e discutir sobre medidas profiláticas. Esse estudo apresenta uma significativa contribuição para o planejamento e execução de medidas voltadas para vigilância em saúde e atendimento das necessidades específicas das populações indígenas no Brasil.
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