Índice de desconforto térmico e sua projeção para cenários futuros no município de Tucuruí-PA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol14.i2.a19525

Palavras-chave:

Climatologia, Mudanças Climáticas, Temperatura, Umidade, Amazônia.

Resumo

Com as mudanças climáticas acontecendo no planeta, como a elevação da temperatura média da terra, onde a Amazônia é notoriamente uma das regiões mais suscetível a sentir impactos. As condições meteorológicas, como temperatura e umidade do ar, desempenham um papel crucial no desconforto térmico. O índice de desconforto térmico (IDT) quantifica os níveis de estresse que uma pessoa experimenta em face dessas condições adversas. O objetivo deste trabalho foi analisar a variabilidade da temperatura e umidade relativa do ar, calcular os índices de desconforto térmico no município de Tucuruí (PA) e suas projeções para cenários futuros. A partir dos dados observados de temperatura e umidade (1980 a 2022), e dos cenários futuros RCP 4.5 e RCP 8.5 foram analisados a variabilidade das variáveis climatológicas. Na última etapa realizou-se o cálculo do IDT dos dados observados e dos cenários futuros. A partir dos resultados, foi possível observar que as variáveis meteorológicas se correlacionam agindo de maneira inversa, havendo quedas significativas nas taxas de umidade com o passar dos anos. Constatou-se que o município de Tucuruí se apresenta de maneira constante na zona de desconforto leve, e que as variáveis meteorológicas influenciam bastante o IDT, principalmente durante a estiagem do município. No RCP 8.5, apesar de começar na zona de conforto, a partir do meio do século apresentará índices de desconforto leve ao desconforto ao desconforto por aquecimento.

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Biografia do Autor

Carlos Eduardo Aguiar de Souza Costa, Universidade Federal do Pará / Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental / Campus Tucuruí

Possui graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2013), mestrado (2016) e doutorado (2021) em Engenharia Civil (Área: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental) pela UFPA. Atualmente é Professor Adjunto da UFPA, no Campus Universitário de Tucuruí (CAMTUC).

Amanda Sena de Sá, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal do Pará. Atualmente, sou gerente de expansão na Esquadro Projetos e Consultoria, que é uma Empresa Junior. Estou no Movimento Empresa Junior (MEJ) a cerca de um ano. Durante o ano de 2022 fui diretora de eventos na AAAEUFPA Predadores, em Camtuc UFPa. Sou uma pessoa proativa, organizada, de fácil comunicação e que está sempre a procura de novas oportunidades de aprendizados, que irão fermentar meus conhecimentos e evolução.

Márcia Evellyn Portilho Cruz, Universidade Federal do Pará

Acadêmica do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Participou do Centro Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental, experiência em organização de eventos voltados para área ambiental, como palestras, minicursos, mesas redondas, oficinais e etc. Participou da Associação Acadêmica Atlética da UFPA durante dois anos, atuando na parte de secretária, ações sociais, gestão de pessoas e trabalho em equipe. Foi bolsista no projeto de extensão com linhas de pesquisas voltadas para Educação ambiental de Resíduos Sólidos em escolas publicas de ensino médio. Experiência em sofwares como autoCAD, Power BI, Excel. Foco na área de projetos hidrossanitários, resíduos sólidos e climatologia.

Vanessa Conceição dos Santos, Universidade Federal do Pará

Mestre em Engenharia Civil (UFPA/PPGEC) e graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental (UFPA/FAESA). Fez parte do Grupo de Pesquisa em Água, Energia e Sustentabilidade da Amazônia (GAES/UFPA) e do Grupo de Pesquisa do Laboratório de Simulação Computacional em Meio Ambiente (LSCMAM/UFPA). Trabalhou na empresa VEPO Ambiental, supervisionando o setor de operação e monitoramento de Estações de Tratamento de Água e Esgoto (ETA e ETE) e na Agência Reguladora Municipal de Água e Esgoto de Belém no setor de Gerência de Regulação Técnica (AMAE/GRT - Atual ARBEL). Atualmente é professora efetiva da Universidade Federal do Pará (Campus Universitário de Tucuruí). 

Laila Rover Santana, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

Engenheira Ambiental formada pela Universidade do Estado do Pará - UEPA (2012). Especialista em Gestão, Consultoria, Fiscalização, Perícia e Auditoria Ambiental pelo Instituto de Estudos Superiores da Amazônia - IESAM (2014). Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará - UFPA/PPGEC (Área de Concentração: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental) (2018). Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFPA. Atualmente é professora EBTT do IFPA - Campus Breves. Atuou como Extensionista Rural I na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-Pará), desenvolvendo atividades para elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em municípios do Estado do Pará. Atuou como pesquisadora DTI-B do Instituto Tecnológico Vale -Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), trabalhando no Grupo de Geologia Ambiental e Recursos Hídricos (GGARH). Trabalhou como analista ambiental na SOCOCO Agroindústria da Amazônia.

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Publicado

2024-07-25

Como Citar

AGUIAR DE SOUZA COSTA, C. E.; SENA DE SÁ, A.; PORTILHO CRUZ, M. E.; CONCEIÇÃO DOS SANTOS, V.; ROVER SANTANA, L. Índice de desconforto térmico e sua projeção para cenários futuros no município de Tucuruí-PA. Revista Ouricuri, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 03–26, 2024. DOI: 10.59360/ouricuri.vol14.i2.a19525. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/19525. Acesso em: 21 dez. 2024.

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Artigos