Atividade larvicida do extrato aquoso e do hidrolato das folhas de Melosa frente ao Aedes aegypti
DOI:
https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol14.i2.a18890Palavras-chave:
Arboviroses; Caatinga; Ruellia asperula.Resumo
O inseto Aedes aegypti é o vetor do vírus que causa arboviroses como Dengue, Febre Amarela Urbana, Zika e Chikungunya. Atualmente o combate e controle desse mosquito ocorre por meio de larvicidas e inseticidas sintéticos, eliminação de criadouros e campanhas de conscientização. Diante disso, faz-se necessário estudos a procura por métodos alternativos de baixo custo e que não agrida o meio ambiente, a exemplo de larvicidas botânicos. Nesse cenário, a Caatinga, apresenta muitas espécies importantes para prospecção de moléculas inseticidas e larvicidas. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o efeito larvicida do extrato aquoso e do hidrolato de Ruellia asperula frente às larvas do mosquito A. aegypti. Os ensaios experimentais foram realizados no Laboratório de Química do Campus Petrolina Zona Rural. Para obtenção dos resultados, foram realizados dois bioensaios: um para avaliar o efeito do extrato aquoso (folhas secas) e outro para avaliar o efeito do hidrolato (folhas frescas) sobre a fase larval (L2/L3) de A. aegypti, com delineamento inteiramente casualizado, sete tratamentos (0,1, 2, 3, 4, 5 e 6% do extrato) em triplicata; e cinco tratamentos (0, 12,5, 25, 50 e 100% do hidrolato) em triplicata. Sendo analisada a taxa de mortalidade larval em 24h, 48h e 72h. Cada unidade amostral foi constituída por um béquer de vidro (50 mL) com dez larvas, totalizando trinta larvas por tratamento. Os bioensaios revelaram potencial larvicida, o extrato aquoso de melosa após 24h de exposição ocasionou mortalidade de 96, 67% (T4) e 100% (T6 e T7) das larvas. Já o hidrolato de melosa com a concentração de 100% de hidrolato levou a mortalidade de 100% das larvas em 24h. Os achados deste estudo revelaram que o extrato aquoso e o hidrolato de R. asperula, são promissores larvicidas naturais e podem auxiliar no controle do A, aegypti. Entretando, mais pesquisas que envolvam análise da composição química, toxicidade e citotoxicidade, e viabilidade econômica desses produtos são necessárias.
Downloads
Referências
Andrade, F.S.C; Sá, W.A.C.; Lúcio Neto, M.P. Avaliação da citotoxicidade do chá da Ruellia asperula (melosa) em células eucarióticas pelo metódo Allium cepa. ANAIS Congresso Brasileiro de Ciência e Sociedade. 4 a 7 de outubro de 2021.Centro Universitário Santo Agostinho - Teresina – PI. Disponível em: http//:www.unifsa.com.br/cbcs2021.Acesso em: setembro de 2023.
Borrero-Landazabal, M. A.; Duque, J. E.; Mendez-Sanchez, S. C. Model to design insecticides against Aedes aegypti using in silico and in vivo analysis of different pharmacological targets. Toxicology e Pharmacology, v.229, p. 108664, 2020.
Carvalho, K. S.; Cruz, R. C. D.; Cunha E Silva, S. L.; Gualberto, S. A. Atividade larvicida dos extratos aquosos e do hidrolato das folhas de Croton tetradenius sobre o Aedes aegypti. Enciclopédia Biosfera, v.11 n.21. 2015.
Consoli R.; Oliveira R. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz. 1994.
Edwin, E. S. et al. Eficácia antidengue do andrographolide bioativo de Andrographis paniculata (Lamiales: Acanthaceae) contra o vetor primário da dengue Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). Acta Trópica, v. 163, p. 167-178, 2016.
Garcez, W. S.; Garcez, F. R.; Silva, L. M. G. E.; Sarmento, U. C. Substâncias de Origem Vegetal com Atividade Larvicida Contra Aedes aegypti. Revista Virtual Química, v. 5. n. 3. p. 363-393, 2013.
Govinsarajan, M. Avaliação de Andrographis paniculata Burm.f. (Família:Acanthaceae) contra Culex quinquefasciatus (Say.) e Aedes aegypti (Linn.) (Diptera:Culicidae). Asiático Pac J Trop Med., v.4, p. 176-181, 2011.
Magalhães, N. M. G.; Lima E S. R.; Espindola, L. S. Registro e perfil ecotoxicológico de produtos para controle de Aedes aegypti. Vigilância Sanitária em Debate, v.9, p.71-81, 2021.
Marangoni, C.; De Moura, N. F.; Garcia, F. R. M. Utilização de óleos essenciais e extratos de plantas no controle de insetos. Revista de Ciências Ambientais, v. 6, n. 2, p. 92-112, 2013.
Martins, G. M. C.; Silva, J. M.; Silva, R. B.; Silva, H. C. H.; Silva, J. V.; MourA, F. B. P. Potencial alelopático de extratos aquosos de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan sobre a germinação da alface. Revista Ouricuri, v.10, n.1. p. 001-010, 2020.
Olliaro, P.; Fouque, F.; Kroeger, A.; Bowman, L.; Velayudhan, R.; Santelli, A. C.; Garcia, D.; Ramm, R. S.; Sulaiman, L. H.; Tejeda, G. S.; Morales, F. C.; Gozzer, E.; Garrido, C. B.; Quang, L. C.; Gutierrez, G.; Yadon, Z. E.; Runge-Ranzinger, S. Improved tools and strategies for the prevention and control of arboviral diseases: A research-to-policy forum. PLoS Negl Trop Dis, v.12, e0005967,2018.
Pereira, E. B. S. S.; Souza, E. M.; Costa, E. C.; Lorenzo, V. P.; Jesus, F. N. Atividade larvicida do extrato aquoso e do hidrolato das folhas de Anadenahthera colubrina (Vell.) Brenan sobre o Aedes aegyptiL. (Diptera: Culicidae). Revista Semiárido De Visu, v. 10, n. 1, p. 32-45, 2022.
SÁ, G. C. da S. et al. Arbovirus vectors insects: are botanical insecticides an alternative for its management?. Journal of Pest Science, p. 1-20, 2022.
Sá, J.; Siqueira, W.; Silva, H.; Calazans, R.; Morais, V.; Santos, M.; Lima, M.; França, E.; Melo, A. Avaliação da atividade moluscicida do extrato de Anadenanthera colubrina sobre caramujos adultos e embriões da espécie Biomphalaria glabrata.In: Encontro Anual da Biofísica -Biofísica e Radiobiologia, Biociências. Anais, UFPE. Recife, PE, 2017. p. 26-29.
Santos, R. P. Potencial inseticida de plantas encontradas na Caatinga sobre Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae). 2019. Trabalho de Conclusão de Curso - IFSERTÃO-PE Campus Petrolina Zona Rural, Petrolina, PE, 2019.39f.
Santos, M. T. Estudo farmacobotânico dos orgãos vegetativos de Ruellia asperula (Mart. & Nees) Lindau (Acanthaceae). 2018. Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado a Universidade Federal de Campina Grande como requisito obrigatório para a obtenção do título de Bacharel em Farmácia.53f.
Silva, E. B. S.; Souza, E. M. S.; Cavalcante, R. E. R.; Costa, E. M. F.S. Potencial
inseticida do óleo essencial de planta endêmica da Caatinga sobre a cochonilha
Orthezia praelonga. VII Simpósio de Plantas Medicinais do Vale do São Francisco –
PLAMEVASF 1st France-Brazil Meeting on Natural Products, 04 a 07 de setembro de
, Juazeiro-BA. Disponível em:
http://www.plamevasf.univasf.edu.br/arquivos_anais/Agr2755.pdf. Acesso: setembro de
Souza, E. M. (org.). Plantas da Caatinga: um olhar multidisciplinar. Petrolina. Editora: IFSertãoPE, 2021, 153p.
Renugadevi, G. et al. Studies on effects of Andrographis paniculata (Burm.f.) and Andrographis lineata (Family: Acanthaceae) extracts against two mosquitoes Culex quinquefasciatus (Say.) and Aedes aegypti (Linn.). Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, v.6, p.176-179, 2013.
Tasca, G.M.; Schabat, F.M.; Ripke, M.O.; Konflanz, A.L.; Bauermann, A, C.; Busato, M.A.; Roman Júnior, W.A.; Lutinski, J.A. Extratos vegetais para controle de larvas do mosquito Aedes aegypti. Boletim do Museu Integrado de Roraima (Online), v.15, p.56-59, 2023.
Zara, A. L. S. A.; Santos, S. M.; Fernandes-Oliveira, E. S.; Carvalho, R. G.; Coelho, G. E. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 25, n. 2, p. 1–2, 2016.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Elizângela Maria de Souza, Emanuela Beatriz Souza Silva Pereira, Vitor Prates Lorenzo, Eliatânia Clementino Costa, Daniel Ferreira Amaral, Marília Victória de Souza Moreira, Enzo Loandos Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).