Uso do zooplâncton como ferramenta para estudo da qualidade de água em ecossistemas do semiárido do nordeste brasileiro
uma revisão bibliométrica
DOI:
https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol13.i2.a17849Palavras-chave:
Bioindicador, Variáveis Ambientais, Plâncton do semiárido, TropicalResumo
O semiárido do Nordeste brasileiro é caracterizado por elevada temperatura durante todo o ano, devido ao baixo índice pluviométrico, além de apresentar um período de estiagem bastante longo. Mas, apesar dessa semiaridez, essa região possui um número bastante considerável de rios, lagos e reservatórios e, consequentemente, uma comunidade zooplanctônica bastante diversa. Assim, o objetivo desse estudo foi inventariar os trabalhos publicados que tratam sobre a utilização da comunidade zooplanctônica como ferramenta de estudo em ambientes aquáticos continentais no semiárido nordestino. Trata-se de uma pesquisa básica, exploratória e bibliográfica com abordagem bibliométrica, com buscas realizadas nas bases de dados Scopus, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, durante o período de 2007 a 2021. Neste sentido, os resultados apontam que espécies da comunidade zooplanctônica como sendo bons indicadores de qualidade ambiental em ecossistemas aquáticos do semiárido nordestino. Todavia, a produção literária continua baixa quando comparada com as demais regiões do Brasil e a distribuição por estados nas diversas regiões não é uniforme, destacando-se Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Neste contexto, vislumbra-se a necessidade de se realizar mais pesquisas nos demais estados, assim como estudar a qualidade da água utilizando o zooplâncton como bioindicador, configurando-se como instrumento essencial, especialmente pelo baixo custo que representa.
Downloads
Referências
ALMEIDA, V. L. dos S. Fauna Planctônica de um Reservatório Eutrófico do Estado de Pernambuco. Anais... Jepex – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2009.
ARAUJO, A. P. de.; NOGUEIRA, E. M. de S. Zooplâncton como bioindicador das águas do reservatório natural do povoado Olhos D’água do Souza, Glória, Bahia, Brasil. Revista Ouricuri, Paulo Afonso, Bahia, v.6, n.2, p.1-016. mai./ago., 2016.
ARRUDA, G. de A. et al. Estrutura da comunidade de rotíferos em sistemas de piscicultura associados a um reservatório semiárido neotropical no nordeste do Brasil. Aquaculture Research, p. 1–13, 2017.
AZEVEDO, D. J. da S. et al. Fatores bióticos ou abióticos: quais exibem maior influência na determinação da estrutura de rotíferos em reservatórios no semiárido? Acta Limnol. Bras., v.27, n. 1, p. 60-77, Jan-Mar, 2015.
AZEVÊDO, D. J. S. et al Medidas de diversidade em comunidades de macroinvertebrados e zooplâncton relacionadas ao estado trófico de reservatórios subtropicais: respostas contraditórias ou complementares? EcologicalIndicators, v. 50, p.135–149, 2015.
AZEVEDO, D. J. Fatores estruturantes das comunidades de invertebrados planctônicos e bentônicos como ferramenta para o biomonitoramento de reservatório no semiárido. 2013. 80 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2013.
BALDASSIN, P. Ecossistemas aquáticos continentais. 2017. Disponível em: https://www.iguiecologia.com/ecossistemas-aquaticos-continentais/. Acesso em: 15 de jun.2021.
BRITO, M. T. da S. et al. Assembleias de zooplâncton sob estressores do período de seca em dois reservatórios do semiárido brasileiro. Fundam. Appl. Limnol., v. 191, n.2, p. 99–110, 2018.
BRITO, M. T. et al. Rotíferos planctônicos do açude Saco I (Serra Talhada, PE) e sua relação com as chuvas na região. In: XI Jornada de ensino, pesquisa e extensão – JEPEX 2011 – UFRPE/UAST: Serra Talhada, 2011.
CABRAL, C. R. et al. Distribuição, riqueza e composição das espécies do zooplâncton em lagos tropicais rasos: uma avaliação em grande escala por bioma, origem do lago e habitat do lago. Ann. Limnol. - Int. J. Lim., v. 56, n.25, p. 1-22, 2020.
CATUNDA-MARCELINO, S. Zooplâncton como bioindicadores do estado trófico na seleção de áreas aquícolas para psicultura em tanque-rede no reservatório de UHE Pedra no rio de Contas, Jequié –BA, 2007. 59f. Dissertação (Mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2007.
CAVALCANTE, A. J. M. Zooplanktoncomunityandtrophicstateof a reservoir in Paraibasemi-aridwithintensivefishcage-culture. 2012. 90 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Ambiental) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.
CERRATINGA, 2013. Recursos hídricos da Caatinga. Disponível em: http://www.cerratinga.org.br/caatinga/recursos-hidricos/. Acesso em: 03 de jul. 2021.
CHELLAPPA, N. T. et al. Impactof stress anddisturbancefactorsonthephytoplanktoncommunities in NortheasternBrazilreservoir. Limnologica, v.39, n.4, p.273-282, 2009.
DANTAS, E. W.; OLIVEIRA, M. DO C. B.; MOURA, A. do N. Dynamics ofphytoplanktonassociations in threereservoirs in northeasternBrazilassessedusing Reynolds’ theory. Limnologica, v.42,n. 1, p.72-80, 2012.
DE-CARLI, B. P. et al. Variação espacial e sazonal do zooplâncton nos reservatórios do Sistema Cantareira, Brasil. Revista Ambiente & Água, Taubaté, v. 12, n. 4, p. 666-679, 2018.
DINIZ, L. P. et al. Mortalidade não predatória de microcrustáceos planctônicos (Cladocera e Copepoda) em reservatórios semiáridos neotropicais. Na AcadBras Cienc. V.3, n.2, p. 1-16, 2021.
DINIZ, l. P. et al. Distribuição de microcrustáceos planctônicos (Cladocera e Copepoda) em ambientes lênticos e lóticos do semiárido brasileiro. Iheringia, Série Zoologia, 110, p. 1-12, 2020.
DINIZ, L. P. Cladocera e Copepoda (Arthropoda, Crustacea) de mananciais naturais e artificiais da caatinga de Pernambuco. 2014. 60 f.: il. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal Rural de Pernambuco. Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Serra Talhada, 2014.
ESKINAZI-SANT’ANNA, E. M. Assembleias zooplanctônicas em reservatórios eutróficos do semiárido brasileiro. Braz. J. Biol., v. 73, n. 1, p. 37-52, 2013.
ESKINAZI-SANT’ANNA, E. M. et al. Composição da comunidade zooplânctônica em reservatórios eutróficos do semiárido do Rio Grande do Norte. Oecol. Bras., v. 11, n.3, p. 410-421, 2007.
ESPINO, G. L. Organismos indicadores de La calidade dela água y de La contaminación. Plaza y Valdes (Eds), México, 2000.
ESTEVES, F. DE A. Fundamentos de Limnologia. 2ed. Rio de Janeiro, Interciência. 1998
FREIRE, R. H. F. Contribuição ao conhecimento limunológico de reservatórios do semiárido brasileiro que abastecem a região metropolitana de Fortaleza: açudes Pacajus e Gavião (Ceará, Brasil). Tese (Doutorado do Programa de Pós-Graduação e área de concentração em Hidráulica e Saneamento) – Escola de Engenharia de São Carlos da universidade de São Paulo, 2007.
FREITAS, G. T. de P.; CRISPIM, M. C.; MELO JUNIOR, H. do N. Interferência de tanques-rede na distribuição vertical do zooplâncton num açude do semi-árido, nordeste do Brasil. Acta Limnologica Brasiliensis, v. 24, n. 2, p. 140-148, 2012.
GALVÃO, A. M. F. A comunidade zooplanctônica como bioindicadora do estado trófico de reservatórios em região semiárida tropical. Dissertação [Mestrado] em Engenharia Sanitária da Universidade do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 47f., 2014.
INSA. Instituto Nacional do Semiárido. Recursos hídricos em regiões áridas e semiáridas / editores, Salomão de Sousa Medeiros, Hans RajGheyi, Carlos de Oliveira Galvão, Vital Pedro da Silva Paz - Campina Grande, PB: Instituto Nacional do Semiárido, 440p., 2011.
v.21, n.3, jul.-set. 2014, p.995-1010 995
LUCENA, L. C. A.; MELO, T. X. de. Comunidade zooplanctônica do rio Parnaíba, Nordeste do Brasil. Acta LimnologicaBrasiliensia, v.27, n.1,p.118-129, 2015.
MACEDO, C. F.; SIPAÚBA-TAVARES, L. H. Eutrofização e qualidade da água na piscicultura: consequências e recomendações. Bol. Inst. Pesca, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 149 – 163, 2010.
MARCELINO, S.C. Zooplâncton como bioindicadores do estado trófico na seleção de áreas aquícolas para psicultura em taque-rede no reservatório da UHE Pedra no Rio de Contas, Jequié – BA. Dissertação [Mestrado] em Recursos Pesqueiros e Aquicultura, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pesca e Aquicultura., 59f., Recife, Pernambuco, 2007.
MELO JUNIOR, M. de. Crustáceos planctônicos de um reservatório oligotrófico do Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Zoociências, v. 9, n. 1, p. 19 -30, 2007.
MEIRINHO, P. A. Ecologia do Zooplâncton. Rev. Ecologia IbUsp (Online), 2008. Disponível em:http://ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=167&Itemid=469. Acesso em: 20 jun. 2021.
MORAIS JUNIOR, C. S. de. Fauna microscópica aquática ativa e dormente do semiárido de Pernambuco: composição e distribuição espaço-temporal. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal Rural de Pernambuco. Serra Talhada, 2014.
MOURA, M. S. B. et al. Clima e água de chuva no Semi-Árido. Embrapa Semiárido, p.13, 2006.
MOSCA, V. P. Eutrofização do reservatório Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, no Rio Grande do Norte: implicações para o abastecimento público e para a psicultura intensiva em tanques-rede. 73f. Dissertação (Mestrado em Bioecologia Aquática) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2008.
NEUMANN LEITÃO, S.;; PARANHOS, J. D. N. e SOUZA, F. B. V. A. Zooplâncton do Açude de Apipucos, Recife, PE (Brasil).Arq. Biol. Tecnol., v. 32,p. 803821, 1989.
PAERL, H. W.; HUISMAN, J. Climatechange: a catalyst for global expansionofharmfulcyanobacterialblooms. Environmental Microbiology, p.27-37. 2009.
PAES, T. A. S. V. et al.As microcistinas podem afetar a comunidade da estrutura do zooplâncton em reservatórios eutróficos tropicais? Braz. J. Biol, v 76, n.2, p. 450-460, 2016.
PERBICHE-NEVES, G.; PORTINHO, J. L.; SERAFIM JUNIOR, M. Zooplâncton. Estud. Biol., Ambiente Divers. v. 34, n. 83, p. 165-173, 2012.
PEREIRA, L. A. N.; DINIZ, L. P.; MELO JUNIOR. Microcrustáceos (cladocera e copepoda) de dois Reservatórios da caatinga de Pernambuco. In: XIII Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão – JEPEX, 2013 – UFRPE: Serra Talhada, 2013.
ROCHA, W. de. S. Diversidade e estrutura planctônica em ecossistemas aquáticos de uma região semiárida tropical: efeitos dos fatores ambientais e espaciais. Tese [Doutorado], Programa de Pós-Graduação em Ecologia - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 91 f., 2018.
ROCHA, O. et al. (Orgs.) Espécies invasoras em águas doces: estudo de caso e propostas de manejo em São Carlos. EdUFSCar, São Carlos, 2005.
RIBEIRO, K. D. K. da. Zooplâcton. São Paulo, 2018.
SANTOS, T. A. S. et al. Estrutura e distribuição espacial da comunidade de rotíferos em um reservatório tropical. Braz. J. Biol. v. 81, n. 2, p.361-369, 2020.
SANTOS, J. S.; SIMÕES, N. R.; SONODA, S. L. Estrutura e distribuição espacial da comunidade de rotíferos em um reservatório tropical. Acta LimnologicaBrasiliensis, v. 30, n° 108, p. 1-13, 2018.
SANTOS, T. A. da S. dos. Rotífera como bioindicadora da qualidade da água no reservatório da UHE Pedra do Cavalo, Bahia. Monografia [Bacharelado] em Biologia – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 59 f, Cruz das Almas, Bahia, 2016.
SANTOS, R. M. dos.; MOREIRA, R. A.; ROCHA, O. Composição e abundância do zooplâncton em um córrego urbano. IX Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 9, n. 3, p. 18-32, 2013.
SANTOS, D.S. et al. Programa agente das águas no município de Engenheiro Paulo de Frontin, RJ: exemplos de integração entre poder público e comunidade na gestão de recursos hídricos. Pp. viii. In: Livro de resumos do III Simpósio em Ecologia: Monitoramento Biológico em ambientes aquáticos continentais. FIOCRUZ, 10 a 12 de novembro de 2008.
SCHUBART, O. Considerações sobre as investigações nas águas de Pernambuco. Arquivos Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco, v. 1, n. 1, p. 26– 57, 1938
SCHUBART, O. Fauna do Estado de Pernambuco e dos estados limítrofes. Segunda lista. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro, v. 14-17, p. 21–64, 1942..
SILVA, C. O. et al. Baixa riqueza zooplanctônica indicando condições adversas de seca e eutrofização em um reservatório no Nordeste do Brasil. Iheringia, Série Zoologia. v.110, p. 1-7, 2020.
SILVA, L. T. D. Zooplâncton como indicador de estado trófico em reservatórios no semiárido. 65f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e conservação – Universidade do Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2013.
SIMÕES, N. R.; SONODA, S. L. Estrutura da assembleia de microcrustáceos (Cladocera e Copepoda) em um reservatório do semi- em um reservatório do semi-árido Neotropical, Barragem de Pedra, árido Neotropical, Barragem de Pedra, Estado da Bahia, Brasil. Acta ScientiarumBiologicalSciences, Maringá, v. 31, n. 1, p. 89-95, 2009.
SOUZA, M. V. S.; MITSUKA, P. M. Espécies raras de rotíferos no Tanque de Aroeiras, Caetité, BA. Anais... 70ª Reunião Anual da SBPC - 22 a 28 de julho de 2018 - UFAL - Maceió / AL.
SOUZA, W. Comunidades zooplanctônicas como bioindicadoras da qualidade da água de quatro reservatórios da região semiárida do Rio Grande do Norte. 89 f. Dissertação [Mestrado] – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2007.
SUASSUNA, J. Semiárido: proposta de conviência com a seca. 2019. Disponível em: https://www.fundaj.gov.br/index.php/artigos-joao-suassuna/9650-semi-arido-proposta-de-convivencia-com-a-seca. Acesso em: 16 de jun., 2021.
VIEIRA, A. C. B. A dinâmica do zooplâncton em um reservatório profundo do semiárido brasileiro: influência da comunidade fitoplanctônica, do clima e da sazonalidade. Tese. [Doutorado] em Ciências Biológicas do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da Universidade da Paraíba, João Pessoa, 187 f., 2016.
TUNDISI, J.G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. RiMa, São Carlos, 2003.
ZIBETTI, V. K. LIMA, E. P. P. Fundamentos de ecologia e tecnologia de tratamento de resíduos Pelotas: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia; Santa Maria : Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria ; Rede e-Tec Brasil, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).