MULHERES NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: UMA HISTÓRIA INVISIBILIZADA
Palavras-chave:
Mulher, Semiárido, Invisibilidade de GêneroResumo
O presente artigo tem o objetivo de apresentar e discutir as relações de gênero e a invisibilidade da mulher nas práticas sociais e culturais ao longo do processo histórico. Percebe-se que a trajetória das mulheres tem sido marcada por processos descontínuos, fragmentados, resultante de transformações sociais, culturais, políticas e econômicas, vivenciados pela da sociedade. O advento do Movimento Feminista no final da década de 60, do século XX, tendo sua efervescência nas duas décadas seguintes, refletiu-se sobre a necessidade de assegurar às mulheres o direito de serem elas mesmas protagonistas dos processos históricos individuais e também coletivos Os estudos sobre as relações de gênero na atualidade passaram a ser compreendidos como elementos constitutivos das relações sociais, que se fundamentam nas diferenças perceptíveis entre os gêneros. Para a realização deste estudo utilizou-se das abordagens qualitativas. A coleta de evidências foi realizada por meio de entrevistas do tipo individual e grupo focal, de junho de 2013 a março de 2014. Os sujeitos da pesquisa foram as assentadas do Assentamento Nova Canaã, Pindobaçu - Bahia. Constatou-se, no assentamento, que há um emergir social sinalizando para a necessidade de novos modelos de tratamento das questões de gênero, nos quais as mulheres saiam da invisibilidade histórica e assumam o protagonismo das suas próprias histórias.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz. A invenção do Nordeste e outras artes. FJN, Ed. Massangana; São Paulo: Cortez, 1999.
___________________________. Nordestino: invenção do falo – uma história do gênero masculino. São Paulo: Intermeios, 2013.
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: fatos e mitos. Tradução: Sérgio Milliet. Vol.1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1949.
CARVALHO, Luzineide Dourado. Natureza, território e convivência: Novas territorialidades no Semiárido Brasileiro. Jundiai: Paco Editorial, 2012.
DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana. O Mito Moderno da Natureza Intocada. São Paulo. NUPAUB/USP, 1993.
FAVERO, Celso Antunes. Semiárido: fome, esperança e vida digna. Salvador: EDUNEB, 2002.
FISCHER, Izaura Rufino. O protagonismo da mulher rural no contexto da dominação. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Ed. Massagana, 2006.
GONÇALVES. Andréa Lisly. História e Gênero. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
HAESBAERT. Rogério. O mito da desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialidade. 3 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
LEITE, Ilka Boaventura. Terra, Território e Territorialidade: três dimensões necessárias ao entendimento da cidadania do negro no Brasil. In. Anais. Seminário América 500 anos de Dominação, 1990.
MONTERO, Rosa. História das Mulheres. Rio de Janeiro: Ed Agir, 2007.
PERROT, Michelle. “Escrever uma história das mulheres: relato uma experiência” In: Cadernos Pagu. São Paulo: Unicamp. n.4. 1992. pp. 9-28.
PATEMAN, Carole. O Contrato Sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
SAQUET. Marcos Aurélio. Abordagens e concepções de território. São Paulo: Ed. Expressão Popular.2007.
SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação e Realidade. Vol 16, N2, 5-19, 1990.
SCOTT, Joan. “História das Mulheres. In. BURKER, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In. CASTRO, I. E. de; GOMES, P. C. da C.; CORRÊA, R. L. (org). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 77-116.
WEBER, Max. Economia y Sociedade. México: Fondo de Cultura Econômica, 1977.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).