Reescrevendo a identidade nacional: “O último voo do flamingo” e suas faces pós-coloniais

Autores

  • Dionísio da Silva Pimenta Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v1n1.p341

Palavras-chave:

Leitura pós-colonial, Literatura moçambicana, Crítica política

Resumo

Neste artigo nós analisaremos o romance O último voo do flamingo, escrito por Mia Couto, através de uma leitura pós-colonial, demonstrando como a narrativa constrói uma crítica política à administração de Tizangara, metonímia de Moçambique. Neste sentido, observaremos alguns recursos estéticos que o romance utiliza, tais como a sátira, o insólito, a tradição e a partilha discursiva, que funcionam como mecanismos de expurgação de um governo político corrupto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dionísio da Silva Pimenta, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Estudos deLiteratura da UFSCar, sob orientação do Prof. Dr. Jorge Vicente Valentim. Bolsista Capes, seu projeto de pesquisa tem como foco investigar os mecanismos estéticos mobilizados no romance O último voo do flamingo de Mia Couto para representar simbolicamente a identidade nacional moçambicana.

Referências

ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas. Trad. Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

BENJAMIM, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994.

CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas. Trad. Ana Regina Lessa & Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: Edusp, 2008.

CEIA, Carlos. “Paródia”. In: E-­Dicionário de termos literários. Disponível em: http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=353&Itemid=2. Acessado em 15/05/13.

COUTO, Mia. O último voo do flamingo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

COUTO, Mia. Pensatempos – textos de opinião. Lisboa: Editorial Caminho, 2005.

COUTO, Mia. Da diáspora. Identidades e Mediações Culturais. Trad. Adelaine la Guardia Resende et al. Belo Horizonte: UFMG, 2006b.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva & Guacira Lopes Louro. São Paulo: DP&A, 2006a.

HODGART, Matthew. La sátira. Madrid: Ediciones Guadarrama, S.A, 1969.

LEITE, Ana Mafalda. “O último voo do flamingo”. In: Metamorfoses 1. Lisboa: Cosmos, 2000, p. 253­255.

MATA, Inocência. “A condição pós­colonial das literaturas africanas de língua portuguesa: algumas diferenças e convergências e muitos lugares­comuns”. In: LEÃO, Ângela Vaz (Org.). Contatos e ressonâncias: literaturas africanas de língua portuguesa. Belo Horizonte: PUCMINAS, 2003, p. 43­72.

MATA, Inocência. A literatura africana e a crítica pós­colonial: reconversões. Luanda: Nzila, 2007.

NOGUEIRA, Thalita Martins. “A dificuldade de sistematização das características dos gêneros literários que têm o insólito como marca distintiva” In: A banalização do insólito: questões de gênero literário – mecanismos de construção narrativa. / Flavio García (org.) - Rio de Janeiro: Dialogarts, 2007. p. 197.

PADILHA, Laura. Entre voz e letra. O lugar da ancestralidade na ficção angolana do século XX. Niterói: EDUFF, 1995.

SECCO, Carmen Lúcia Tindó. A magia das letras africanas. Rio de Janeiro, Quartet, 2008.

SHOHAT, Ella. “Notes on the ‘Post­Colonial’”. In: MONGIA, Padmini (Ed.). Contemporary Postcolonial Theory - a Reader. New York: Arnold, 1996, p. 321­334.

VALENTIM, Jorge Vicente. “Entre o satírico e o lírico: o vôo poético de Mia Couto”. In: Revista do CESP v. 25, n. 34. Rio de Janeiro, 2005, p. 71­96.

Publicado

2016-04-11

Como Citar

PIMENTA, D. da S. Reescrevendo a identidade nacional: “O último voo do flamingo” e suas faces pós-coloniais. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 1, n. 1, p. 341–365, 2016. DOI: 10.30620/gz.v1n1.p341. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/2247. Acesso em: 28 mar. 2024.