A guerra de canudos na imprensa e na literatura: Ideologia e cientificismo
DOI :
https://doi.org/10.30620/gz.v1n2.p11Mots-clés :
Guerra de Canudos, Os Sertões, Ideologia, Discursos cientificistas, História da imprensaRésumé
Este trabalho estuda a imprensa, no caso do episódio da Guerra de Canudos, no final do século XIX, com vistas a observar o processo de construção de uma realidade através de textos jornalísticos que tratam desta questão da história do Brasil. O objetivo deste estudo é entender como os discursos sobre Canudos circularam nos principais jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro e na literatura de Euclides da Cunha, Os Sertões. É valido frisar que havia um discurso dominante na imprensa em geral da época com a intenção de direcionar a opinião pública a representar a campanha de Canudos a partir de uma ideologia “civilizacional” de bases culturalistas e raciais.
Téléchargements
Références
BARTELT, D. D. Sertão, República e Nação. Trad. Johannes Krestschmere Abi-Sâmara. São Paulo: Ed. USP, 2009.
BORGES, P. C. A interpretação d’Os sertões, ontem e hoje. In: José Leonardo do Nascimento (Org.). Os sertões de Euclides da Cunha: releituras e diálogos. São Paulo: Editora Unesp, 2002.
BRANDÃO, H. N. Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 1993.
CITELLI, A. Roteiro de leitura: Os sertões de Euclides da Cunha. São Paulo: Ática, 1996.
CUNHA, E. da. Os sertões: Campanha de Canudos. Rio de Janeiro: Laemmert, 1902.
DISCINI, Norma. A comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005.
EAGLETON, T. Ideologia: Uma introdução. Trad. Silvana Vieira, Luís Carlos Borges. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista: Editora Boitempo, 1997.
FACIOLI, V. Euclides da Cunha: Consórcio de ciência e arte (Canudos: O sertão em delírio). In: Beth Brait (Org.). O sertão e os Sertões. São Paulo: Arte & Ciência, 1998.
FIORIN, J. L. Linguagem e ideologia. São Paulo, Ática, 1988.
GALVÃO, W. N. No calor da hora: A Guerra de Canudos nos jornais, 4ª Expedição. São Paulo: Ática, 1977.
GALVÃO, W. N. “Os sertões” para estrangeiros. In: _______ Gatos de outro saco: ensaios críticos. São Paulo: Brasiliense, 1981.
HABERMAS, Jurgen. Mudança estrutural da esfera pública. Trad. Flávio R. Kothe. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003.
LIMA, N. T. HOCHMAN, G. Condenado pela raça, absolvido pela medicina: o Brasil descoberto pelo movimento sanitarista da primeira república. In: Marco Chor Maio, Ricardo Ventura Santos (Org.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: Fiocruz/CCBB, 1996.
MONTEIRO, J. M. As ‘raças’ indígenas no pensamento brasileiro do império In: Marco Chor Maio, Ricardo Ventura Santos (Org.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/CCBB, 1996.
REALE, M. Face oculta de Euclides da Cunha. Rio de Janeiro: Topbooks, 1993.
REBECHI JUNIOR, A. A caminho dos sertões: o processo e a técnica de Euclides da Cunha na composição dos textos publicados em “O Estado de S. Paulo” durante a guerra de Canudos (1897). Dissertação de mestrado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil - 18701930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SEYFERTH, Giralda. Construindo a nação: hierarquias raciais e o papel do racismo na política de imigração e colonização. In: Marco Chor Maio, Ricardo Ventura Santos (Org.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/CCBB, 1996.
SODRÉ, Werneck Nelson. História da imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
ZILLY, Berthold. Uma crítica precoce à ‘globalização’ e uma epopéia da literatura universal: Os sertões de Euclides da Cunha, cem anos depois. In: José Leonardo do Nascimento (Org.). Os sertões de Euclides da Cunha: releituras e diálogos. São Paulo: Editora Unesp, 2002.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Grau Zero – Revista de Crítica Cultural 2013
Cette œuvre est protégée sous licence Creative Commons Attribution - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Grau Zero o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.