Protagonismo epistemológico indígena
modos de articulação, organização e legitimação na luta pelos direitos originários no contexto da Ditadura Civil-Militar
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v11n1.p115Palabras clave:
Ditadura civil-militar, Modos de Articulação, Movimento Pan-indígena, ResistênciaResumen
É inegável que o período da ditadura civil-militar representa muito mais que uma lombada no percurso histórico brasileiro, pois a violência cometida contra os povos indígenas é a marca que permanece na lógica de diversas subjetividades originárias e, infelizmente, ainda largamente desconhecida pela maior parte da população. O debate crítico contemporâneo tem tomado para si a tarefa de refletir a respeito dos apagamentos e silenciamentos vivenciados pelos povos originários em um momento extremamente complexo e obscuro: o regime militar. Contudo, o objetivo aqui não é aprofundar apontamentos sobre o esbulho, a usurpação de terras, a negação das culturas ou o genocídio que os acometeu, mas apresentar um panorama acerca de como os grupos indígenas começaram a se organizar, articulando diversas regiões e etnias, iniciando uma mobilização de cunho nacional, tornando-se um movimento pan-indígena, com um caráter educativo, por resgatar e ressignificar a formação da consciência dos povos indígenas, criando uma nova lógica de autonomia e autodeterminação nos seus modos de ser e de viver.
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