Alfred Hitchcock na velocidade terrível da queda
Misoginia e metáforas antropomórficas na obra do diretor
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v4n2.p11Palabras clave:
Estudos de gênero, Teoria Feminista do Cinema, Alfred HitchcockResumen
No presente trabalho, propomos uma leitura da repetição de imagens de queda como um profundo sintoma que perpassa a filmografia de Alfred Hitchcock. Trata-se da precariedade, da dificuldade de equilíbrio, tema marcante em Vertigo (Um Corpo que Cai, 1958), North by North West (Intriga Internacional, 1959) e Rebeca (Rebeca, a Mulher Inesquecível, 1940). Analisamos a ameaça da queda como uma metáfora do corpo das mulheres, no sentido de estar ligada a um desejo incestuoso de volta ao útero, algo fora da lei simbólica predominante e, portanto, de efeitos nefastos aos sujeitos. Na produção hitchcockiana, a atmosfera de suspense que perpassa os filmes liga-se a uma série de metáforas antropomórficas, relacionadas ao corpo das mulheres. A tendência não passou despercebida à teoria feminista do cinema, no trabalho de pesquisadoras como Paula Cohen (1995), Kaja Silverman (1998) e Tânia Modleski (2005).
[Recebido: 26 fev. 2016 – Aceito: 10 mar. 2016]
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Ficha técnica (resumida) dos filmes principais filmes analisados neste trabalho:
Vertigo (Um Corpo que Cai)
Produção: Alfred Hitchcock, Paramount, 1958.
Produtor associado: Herbert Coleman.
Direção: Alfred Hitchcock.
Argumento: Alec Coppel e Samuel Taylor, baseado no romance de Pierre Boileau e Thomas Narcejac “D'entre les Morts”.
Psycho (Psicose)
Produção: Alfred Hitchcock, Paramount, 1960.
Empresário: Lew Leary.
Direção: Alfred Hitchcock.
Argumento: Joseph Stefano, baseado no romance de Robert Bloch.
Marnie (Marnie – confissões de uma ladra)
Produção: Alfred Hitchcock, Universal, 1964. 227.
Produtor: Albert Whitlock.
Direção: Alfred Hitchcock.
Argumento: Jay Presson Allen, baseado no romance de Winston Graham.
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