Adorno, Horkheimer e Huxley: leituras sobre nosso “Admirável Mundo Novo”

Autores

  • Maria do Carmo dos Santos Universidade Federal de Rondônia - UNIR
  • Rafael Ademir Oliveira de Andrade Universidade Federal de Rondônia - UNIR

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v1n1.p55

Palavras-chave:

Indústria Cultural, Huxley, Sociologia, Literatura

Resumo

O presente trabalho analisa o romance Admirável Mundo Novoe o ensaio A Indústria Cultural: O Iluminismo como Mistificação das Massas enquanto formas específicas de leitura de mundo. Pretende-se apontar semelhanças entre os dois textos, das formas como autores da sociologia e da literatura apreenderam o espírito da época, pois os trabalhos foram redigidos em meados do século XX, tendo seus autores presenciado as grandes guerras mundiais, a quebra da bolsa de valores, as ditaduras nacionalistas e a vitória do capitalismo no ocidente enquanto forma hegemônica de construção de valores e sujeitos. Tanto o romance quanto o ensaio apresentam uma sociedade controlada por um intrínseco sistema de dominação das subjetividades, voltada para o consumo e apatia política, visando à estabilidade e coesão social extrema, uma alternativa para a iminente destruição que apontava para o futuro da humanidade no século XX.

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Biografia do Autor

Maria do Carmo dos Santos, Universidade Federal de Rondônia - UNIR

Psicóloga, mestre em História e doutora em Educação. Atua profissionalmente como professora do Departamento de Ciências da Educação e no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Rondônia.

Rafael Ademir Oliveira de Andrade, Universidade Federal de Rondônia - UNIR

Mestrando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Rondônia; Cientista Social, Especialista em Metodologia do Ensino. Atua profissionalmente como docente no nível superior das disciplinas Sociologia e Sociologia da Educação.

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Publicado

2016-04-11

Como Citar

SANTOS, M. do C.; ANDRADE, R. A. O. de. Adorno, Horkheimer e Huxley: leituras sobre nosso “Admirável Mundo Novo”. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 1, n. 1, p. 55–84, 2016. DOI: 10.30620/gz.v1n1.p55. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/2239. Acesso em: 19 abr. 2024.