“Ilha das Lágrimas”
uma transgressão dos padrões hegemônicos de masculinidade
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v9n2.p281Palabras clave:
Gênero, Literatura infantil, MasculinidadeResumen
O presente texto analisa o caráter social da construção das identidades de gênero e sexuais, e como o pensamento hegemônico cria padrões para a sociedade e limita as vivências das pessoas. Dentro dessas limitações analisamos a masculinidade hegemônica que determina que para ser um “homem de verdade” é preciso ser e agir dentro de um modelo, e assim, com ajuda de Connell (2013), Finco (2010;2012), Louro (2000), Miskolci (2012), Santos (2020) e Saffioti (2012), buscamos compreender as consequências deste pensamento conservador, pautado no binarismo de gênero masculino/feminino, dentro das instituições de ensino, tendo em vista as crianças e, mais especificamente, os meninos e suas subjetividades. Por fim, trazemos como possibilidade de prática pedagógica o livro infantil Ilha das Lágrimas, que busca por masculinidades positivas e revela que é possível meninos e homens sentirem e expressarem suas emoções e seus sentimentos.
[Recebido: 30 set. 2021 – Aceito: 28 out. 2021]
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Citas
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