Diversidade linguística e cultural na perspectiva indígena nos campos institucional e educacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v11n1.p159

Palavras-chave:

Comunidade multilíngue, Multiculturalidade, Ensino-aprendizagem, Linguística, Indígenas

Resumo

Este texto tem como base norteadora o estudo sociolinguístico que estuda a linguística considerando o contexto social e a relação entre a linguagem e a sociedade. Importante destacar que a linguagem e os diversos conhecimentos linguísticos é também sinônimo de identidade, ciência e cultura. Através da linguagem criamos mecanismos de interação social e transmitimos uma visão de mundo e essa diversidade linguística enriquece a maneira de ver o mundo. A cada língua diferente é mais uma maneira de ver, conhecer e entender o mundo. Os estruturalistas são orientados para a organização de uma gramática descritiva e entendem a linguagem como uma realidade social concebendo-a como um sistema de sinais (complexo) no qual cada um está ligado a outros, quanto mais longe a estrutura dessa língua for, mais difícil será explicar a maneira de conhecer o universo. Conhecer várias línguas nos permite ampliar os nossos olhares e ver e agir de forma diferente. Um estudo trilhado através dos autores: WEINREICH (2006); SALOMÃO (2013); MAHER, (2010).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

David Kaique Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Indígena da etnia Pataxó, Mestrando em Relações Étnicas e Contemporaneidade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Especialista em Libras: Docência e Intérprete pela Faculdade Santo Agostinho (FACSA) e em Inclusão e Diversidade na Educação pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Licenciado em Letras - Libras pelo Centro Universitário ETEP e em História pela Faculdade Santo Agostinho (FACSA). É proficiente em Tradução e Interpretação da Libras PROLIBRAS pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Endereço eletrônico: kawhaufsb2017@gmail.com.

Davi Borges Limeira da Silva, Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB

Bacharel no curso Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB. Coordenador do núcleo Central dos Estudantes indígenas da UFSB , campus Sosígenes Costa - Porto Seguro-BA. Ativista dos direitos dos povos indígenas, cultura, identidade e das Línguas Indígenas de Sinais - LIS.

Shirley Vilhalva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS

Pedagoga, Mestre em Linguística - UFSC e Doutoranda em Linguística Aplicada UNICAMP/UFMS. Professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS.

Saionara Figueiredo Santos, Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC

Pós doutora pela Universidade de Buenos Aires, com pesquisas sobre Estudos de Gênero e Estudos da Tradução (O Corpo da Mulher Tradutora e Intérprete de Línguas de Sinais). Doutora em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Pedagoga pela Universidade das Américas Tradutora/Intérprete de Língua de Sinais Brasileira.Atualmente, trabalha como Professora da área de Tradução, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC - Câmpus Palhoça Bilíngue).

Referências

BARBOZA, Leticia da Silva. Variação linguística e o ensino de língua materna: uma análise de livros didáticos na educação de jovens e adultos-EJA. Ideação, v. 16, n. 2, p. 142–160, 2014.

BARBOSA, Siderly C. D.A. A Sociolinguística e o ensino da língua materna. Curitiba-PR: X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. 2011.

CORREIA, Andressa Aparecida. Diversidade Linguística: As múltiplas linguagens nas esferas escolares. 37 p. Monografia (especialização) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Curso de Linguagens e Ensino a distância. Florianópolis: UFSC, 2019.

ESTEVAM, Tatiane de Cássia. Variação linguística na sala de aula: uma proposta de análise por meio de textos dissertativos. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Letras - Faculdades Integradas Fafibe. Bebedouro: Fafibe, 2009.

DURAN, Pedro. O ensino dos sistemas de escrita da língua guarani e da língua portuguesa nas séries iniciais do ensino fundamental na Escola Adriano Pires – uma crítica ao modelo vigente e algumas propostas de intervenção. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Intercultural Indígena Teko Arandu) Dourados, UFGD, 2011.

FUNARI, Pedro Paulo A temática indígena na escola: subsídios para os professores. Pedro Paulo Funari, Ana Piñón. -1ª reimpressão. -São Paulo: Contexto, 2014.

HOUAISS, Antônio & VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001.

HYMES, D. H. Sobre a competência comunicativa. Documentos básicos no ensino de línguas estrangeiras. Madrid: Edelsa, (pp. 27-47).

KRASHEN, S.D. Alguns problemas relacionados ao modelo do monitor. En H. D. Brown, C. A. Yorio y R. H. Crymes (eds.), On TESOL 77: Teaching and Learning English as a Second Language. Tendências em pesquisa e prática. Washington, DC: TESOL, 1977.

LEWANDOWSKI, T. Dicionário de Linguística. Madrid: Cátedra, 1982.

KNAPP, Cássio. Retórica da educação escolar indígena: entre o mesmo e o diferente. Dissertação (Mestrado em História). UFGD: Dourados, 2011.

MAHER, Terezinha Machado. O Bilinguismo e o Aluno indígena. In: VEIGA, Juracilda & FERREIRA, Maria Beatriz Rocha. (Orgs) Desafios Atuais da Educação Escolar Indígena. ALB. Ministério do Esporte. Campinas SP. 2010.

NEMSER, W. Approximative System of Foreign Language Learners. In: IRAL IX. No.2 pp. 115-123. 1971.

NARO, Anthony. O dinamismo das línguas. In.: MOLLICA, Cecília; BRAGA, Maria Luiza (orgs.). Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2008, p. 43-51.

NASCIMENTO, A. C. Escola Indígena: palco das diferenças. Campo Grande: UCDB, 2009. (Coleção teses e dissertações em educação, V. 2).

NASCIMENTO, Márcia. Revitalização e ensino de línguas indígenas no Brasil. In: MENEZES, M. M. de. at al.(orgs.). Direitos Humanos em Debate: Educação e Marcadores Sociais da Diferença. p. 46-63. Porto Alegre: Cirkula 2019.

NAVARRO, Eduardo de Almeida. O último refúgio da língua geral no Brasil, In: Estudos Avançados. v. 26, p. 245-254 USP, São Paulo, 2012.

POSSENTI, Sírio. A língua não é dos falantes. In: Revista Língua Portuguesa. Nº 89: Editora Segmento. P. 44-45. 2013.

RAMOS, Antônio Dari. Para uma interculturalidade efetiva: um diálogo a partir dos estudos descoloniais. In: Losandro Antônio Tedeschi. (Org.). Leituras de Gênero e Interculturalidade. Dourados: Editora UFGD, 2013, pp. 523-543.

SANTOS, Suzana Sanches dos. O bilinguismo como proposta inclusiva para surdos no processo inicial de escolarização. 2013. 55f. Orientador: Profª. Esp. Nívea Maria Pinheiro Costa. Trabalho de Conclusão de curso (graduação) – Faculdade Cearense, Curso de Pedagogia, 2013.

SANTOS, Aymmée Silveira. O ensino da variação linguística na Base Nacional Comum Curricular. Entrepalavras, Fortaleza, v. 9, n. 3, p. 115-132, set-dez/2019. Disponível em: http://www.entrepalavras.ufc.br/revista/index.php/Revista/article/view/1654. Acesso em: 15 mai. 2022.

SALOMÃO, Ana C. B. Variação e mudança linguística: panorama e perspectivas da Sociolinguística Variacionista no Brasil. Fórum Linguístico, Florianópolis, 2013. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/19848412.2011v8n2p187/21673. Acesso em: 25 mai. 2022.

SELINKER, L. Interlanguage. En IRAL. Vol. 10, N. 2, 1972.

SILVEIRA. Rafael da. Variação linguística e suas implicações para o ensino da língua portuguesa nos anos iniciais. Revista Práxis Pedagógica. v. 1, n. 2, 2018. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/234090324.pdf. Acesso em: 12 mai. de 2022.

SWAIN, M. Linguagem, agência e colaboração em proficiência avançada em segunda língua. Em H. Byrnes (ed.), Aprendizagem avançada de línguas: A contribuição de Halliday e Vygotsky. Londres: Continuum. (págs. 95-108), 2006.

WEINREICH, U. Languages in contact. New York: Linguistic Circle of New York, 1953.

WEINREICH, U. Idiomas em Contato. Descobertas e problemas. The Hague, Mouton. Trad.: Marcos Bagno; revisão técnica: Carlos Alberto Faraco. São Paulo: Parábola, 2006.

Publicado

2023-11-27

Como Citar

SANTOS, D. K. R. dos; SILVA, D. B. L. da; VILHALVA, S.; SANTOS, S. F. Diversidade linguística e cultural na perspectiva indígena nos campos institucional e educacional. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 11, n. 1, p. 159–177, 2023. DOI: 10.30620/gz.v11n1.p159. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/v11n1p159. Acesso em: 13 nov. 2024.