Como identificar Fake News
Ensino do Gênero Notícia através do Twitter
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v8n1.p15Palavras-chave:
Twitter, Gênero notícia, Fake news, EnsinoResumo
Os variados gêneros discursivos são propagados nas redes sociais, como o Twitter, e, muitas vezes, emprestam sua estrutura composicional para outros gêneros que se enquadram no que tem se chamado como fake news. Esta pesquisa objetiva identificar características constitutivas de fake news, à luz do remix, no perfil Falha de São Paulo, do Twitter, em comparação com o gênero notícia. Para atender a este objetivo, selecionamos um corpus de 30 tweets, no qual elencamos as características composicionais, estilísticas e conteudísticas dos gêneros que ali se manifestam. Fundamentamo-nos em Knobel e Lankshear (2008), Navas (2010), Buzato (2013), para o conceito de remix; e em Bakhtin ([1979] 2011), para o conceito de gênero discursivo. Os resultados obtidos demonstram que o ensino através das redes sociais, como o Twitter, pode proporcionar um ensino mais dinâmico e mais próximo da realidade dos alunos.
[Recebido: 29 jun. 2020 – Aceito: 8 ago. 2020]
Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, [1979] 2011.
BUZATO, M. E. K. et al. Remix, mashup, paródia e companhia: por uma taxonomia multidimensional da transtextualidade na cultura digital. RBLA, Belo Horizonte, v. 13, n. 4, p. 1191-1221, 2013.
COSTA, Sayonara Melo. Tweet: reelaboração de gêneros em 140 carac-teres. 119 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
KNOBEL, M.; LANKSHEAR. Remix: the art and craft of endless hybridization. Journal of Adolescent & Adult Literacy, 52 (1), September 2008, p. 22-33.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
LIMA-NETO, V. Um Estudo da emergência de gêneros no Facebook. 2014.313 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará, Fortale-za, 2014.
MALIK, Kenan. Fake news has a long history. Beware the state being keeper of ‘the truth’. Disponível em: https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/feb/11/fake-news-long-history-beware-state-involvement. 2018. Acesso em 15 mar. 2020.
MANOVICH, L. The language of new media. Cambridge, Mass: MIT Press, 2002.
MILLER, V. Understanding digital culture. Los Angeles: SAGE, 2011.
MORGAN, Deane. Real Answers to Fake News from Greek Historians. Disponível em: https://www.opslens.com/2018/07/15/real-answers-to-fake-news-from-greek-historians. Acesso em: 25 maio 2020.
NAVAS, E. (2009). Regressive and reflexive mashups in sampling cultu-re. In: SONVILLA-WEISS, Stefan (Ed.) Mashup Cultures. Nova York: SpringerWien, 2010, p. 157-177.
SANTAELLA, Lúcia. A pós-verdade é verdadeira ou falsa? São Paulo: Estação das Letras e Cores Editora Ltda, 2017.
SILVA, Themis Themis Rondão Barbosa da Costa. Pedagogia dos mul-tiletramentos: principais proposições metodológicas e pesquisas no âmbito nacional. Linguística Aplicada e Multiletramentos, Santa Maria, v. 26, n. 52, p. 11-24, jun. 2016.
SOROUSH Vosoughi; ROY, Dab; ARAL, Sinan. The spread of true and false news online. Science 09, Mar 2018, vol. 359, Issue 6380, pp. 1146-1151, 2018.
THE NEW LONDON GROUP. Multiliteracies: Literacy learning and the design of social futures. London: Routledge, 2000.
VICTOR, Fabio. Notícias falsas existem desde o século 6, afirma historia-dor Robert Darnton. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/02/1859726-noticias-falsas-existem-desde-o-seculo-6-afirma-historiador-robert-darnton.shtml. 2017. Acesso em: 15 maio 2020.
WARDLE, Claire; DERAKSHAN, Hossein. Information Disorder: Toward an Interdisciplinary Framework for Research and Policy Making. Conselho da Europa, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Grau Zero o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.