A imaginação é mais importante que o saber
as rasuras de uma poética autobiográfica
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v3n1.p47Palavras-chave:
Autobiografia, Manoel de Barros, Memória, PoesiaResumo
O presente artigo objetiva elucidar como a poética de Manoel de Barros, ora ratifica e, ora retifica a noção de escrita autobiográfica apregoada, principalmente, por Lejeune (2008). Acreditamos que as reminiscências de uma infância vivida no Pantanal, mas ressignificada pelos ditames da imaginação criativa, ocupam um lugar de destaque no processo autoral e criativo de Manoel de Barros e isso, de certa forma, permitenos classificar sua produção como autobiográfica. Por outro lado, ao deflagrar suas “memórias inventadas”, – fragmentárias e desbotadas pelo trabalho do tempo – no bojo de sua escrita criativa, Manoel de Barros rompe, rasura e problematiza o postulado do “pacto autobiográfico”. Tal problemática se converte na tônica dos escritos que se seguem.
[Recebido: 2 set. 2015 – Aceito: 29 out. 2015]
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