A posição sujeito-­aluno na redação ENEM: a escri­ta e seus efeitos de sentido

Autores

  • Amilton Flávio Coleta Leal Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v1n2.p71

Palavras-chave:

Análise do Discurso, ENEM, Escrita, Sujeito

Resumo

Este artigo tem por objetivo suscitar algumas reflexões sobre o processo de constituição do sujeito através da língua escrita. Pensar em escrita nos manuais de ensino é considerar o apagamento e a resistência do sujeito, bem como a literalidade e a superficialidade na produção de sentido(s). Dessa forma, ancorados na Teoria da Análise do Discurso de Linha Francesa, buscaremos um lugar de interpretação/investigação para as escritas “homogeneizadas” dos alunos, a partir dos critérios que quantificam/qualificam as competências e habilidades do ENEM. Com isso, faremos um paralelo entre as políticas de ensino e as políticas voltadas ao Exame, a fim de perceber o quê é feito durante todo percurso escolar para garantir e dar seguridade a esses alunos de se marcarem na/pela língua e, portanto, constituírem­se como sujeitos­autores de sua escrita.

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Biografia do Autor

Amilton Flávio Coleta Leal, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística, pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT/Campus de Cáceres. Bolsista CAPES. Licenciado em Letras Português/Inglês e suas respectivas literaturas, pela mesma Universidade. Atualmente, reside na cidade de Mirassol D´Oeste - MT.

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Publicado

2017-02-13

Como Citar

LEAL, A. F. C. A posição sujeito-­aluno na redação ENEM: a escri­ta e seus efeitos de sentido. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 1, n. 2, p. 71–88, 2017. DOI: 10.30620/gz.v1n2.p71. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3243. Acesso em: 26 dez. 2024.