Reescrevendo a identidade nacional: “O último voo do flamingo” e suas faces pós-coloniais
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v1n1.p341Palavras-chave:
Leitura pós-colonial, Literatura moçambicana, Crítica políticaResumo
Neste artigo nós analisaremos o romance O último voo do flamingo, escrito por Mia Couto, através de uma leitura pós-colonial, demonstrando como a narrativa constrói uma crítica política à administração de Tizangara, metonímia de Moçambique. Neste sentido, observaremos alguns recursos estéticos que o romance utiliza, tais como a sátira, o insólito, a tradição e a partilha discursiva, que funcionam como mecanismos de expurgação de um governo político corrupto.
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