Nas muitas cores do cisne
relendo a dança pela diferença
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v9n2.p199Palavras-chave:
Anne Carson, Dança, Corpo, Gênero, PerformanceResumo
Partindo da noção de silêncio postulada no ensaio intitulado “Variações sobre o direito de se manter em silêncio” (2008), da poeta, ensaísta e dramaturga Anne Carson, propomos uma reflexão sobre a ausência de corpos dissidentes de gênero e sexualidade, num recorte interseccional de raça/etnia no espectro das artes da cena. Numa perspectiva intertextual, elencamos um conjunto de peças artísticas constelares a fim tensionar o “silêncio metafísico que atravessou a palavra dançada” (Carson, 2008 [sic]) no transcurso do tempo. Ao romper com a tradição da histórica da Dança ocidental, recorremos à ancestralidade afrodiaspórica no intuito de atualizar a potência do mito na leitura de tais produções na contemporaneidade. Por fim, o grito de violência que irrompe a cena promove a abertura para outras vozes na dança contemporânea, nos possibilitando pensar outros mundos, a partir da diferença e da multiplicidade.
[Recebido: 1 out. 2021 – Aceito: 20 out. 2021]
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