REDES INTERCULTURALES Y PERSPECTIVAS DIALÓGICAS EN AFROAMÉRICA: LA INTERSECCIÓN BRASIL–COLOMBIA
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n45.p39-53Palavras-chave:
Outras intervenções, Redes interculturais, Pedagogias possíveis, Interseção Brasil-ColômbiaResumo
Este trabalho tem como objeto de análise a pesquisa acadêmica na perspectiva da decolonialidade e na intersecção Brasil-Colômbia. Inclui um olhar políticoepistemológico sobre o modo de atuar “casa afuera”, um conceito oposto ao de “casa adentro” introduzido pelo intelectual militante e fundador do movimento afroequatoriano Juan Garcia Salazar, no qual distingue o conhecimento próprio do conhecimento do exterior: a sabedoria “casa afuera”, como explica Catherine Walsh (2007) a respeito. É a partir do conhecimento de si que podemos pensar a
interculturalidade, colocando em diálogo saberes de si com outros conhecimentos.
Esta pesquisa defende um modo sistemático de integração social desde o ponto de vista da reciprocidade. O argumento relevante é “o fazer coletivo” que vai além das fronteiras impostas pela vida na universidade e nos grupos de pesquisa acadêmica.
O enfoque determinante da construção decolonial (WALSH, 2008) se traduz com um desafio investigativo “casa afuera”. Esta tese se alinha com os argumentos de Muniz Sodré (2010) sobre o reconhecimento de uma frequência e um ritmo circular, um desejo de movimento ou, melhor ainda, de circular em busca da diversidade e de outros conhecimentos, outras cosmovisões sobre a Diáspora Africana e saberes comutáveis. Assim foi possível propor um trabalho de internacionalização epistêmica
com o foco em uma realidade comum para sujeitos dessa Diáspora em um espaço/tempo Afro-americano, um contexto onde a modernidade e a colonialidade não são fenômenos sucessíveis no tempo senão simultâneos no espaço.
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Atualizado em 15/07/2017