A contribuição da educação popular para a reorientação das práticas e da política de saúde no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2015.v24.n43.p89-106Palavras-chave:
Educação popular. Educação em saúde. Educação popular em saúde. Saúde comunitária. Atenção primária à saúde.Resumo
Este artigo objetiva analisar a forma como a Educação Popular (EP) tem contribuído na reorientação das práticas e da política de saúde no Brasil. Trata-se de um trabalho de sistematização da reflexão teórica que vem acontecendo nos debates do movimento brasileiro de educação popular em saúde, iniciado na década de 1970, quando várias experiências de saúde comunitária começaram a ser organizadas, como parte do movimento de resistência à ditadura militar, buscando fortalecer a organização e a consciência crítica da sociedade civil. Nesse processo, muitos profissionais de saúde aproximaram-se da prática e da teoria da EP. Estas experiências criaram importantes referências práticas e teóricas para o processo de reforma do sistema de saúde iniciado na década de 1980. Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a EP passou a
orientar as atividades de muitos serviços e, posteriormente, a construção de formas de gestão mais participativas da política de saúde. Há um progressivo reconhecimento da importância da EP para a construção de uma integralidade mais radical na assistência à saúde e de uma promoção da saúde que contribua no fortalecimento da democracia e da justiça social. Assim, em 2013, foi aprovada a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-SUS).
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Atualizado em 15/07/2017