A FICÇÃO CLIMÁTICA COMO MEIO DE DEBATE PARA MITIGAR OS RISCOS DO ANTROPOCENO
DOI:
https://doi.org/10.5281/Zenodo.13730547Palabras clave:
Ficção climática, Literatura Contemporânea, Humanidades Ambientais, Antropoceno, RiscosResumen
É seguro afirmar que um dos maiores riscos da contemporaneidade concerne às mudanças climáticas. O assunto permeia os noticiários do mundo inteiro, uma vez que o aumento da temperatura do planeta compromete a sobrevivência de seres humanos e não humanos. Diante disso, esta proposta de trabalho pretende discutir as mudanças climáticas a partir de textos literários, mais especificamente com o foco no gênero Cli-fi, ou ficção climática, como é mais conhecida em língua portuguesa. Para tal, selecionei dois romances da literatura brasileira contemporânea: Não verás país nenhum (1981), de Ignácio de Loyola Brandão, e A extinção das abelhas (2021), de Natalia Borges Polesso. O primeiro livro nos apresenta um universo ficcional em que o sol, com seu aquecimento violento, transforma o planeta em uma atmosfera pestilencial. O segundo romance, por sua vez, nos oferece um cenário temeroso, no qual se evidencia a quase extinção da referida espécie, que é necessária para a polinização das plantas, para a vegetação, e consequentemente para a cadeia alimentar. Como método de análise, utilizei os pressupostos da Literatura Comparada para desenvolver um estudo comparativo entre os dois romances. Além disso, reflexões teóricas oriundas das humanidades ambientais, em especial da ecocrítica, permitiram a realização deste breve artigo, cujo objetivo principal é discutir as mudanças climáticas como um dos riscos do Antropoceno.
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