O Tempo através do retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde: espelhos sociais

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DOI :

https://doi.org/10.69969/revistababel.v8i2.5403

Mots-clés :

Dorian Gray, Oscar Wilde, Sociedade, Tempo

Résumé

Este artigo é resultado final de uma disciplina realizada no mestrado e tem como objetivo discutir como se dá a constituição do tempo na obra O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Uma vez que a passagem temporal se dá de forma inusitada, sendo apresentada pelo gradual envelhecimento do eu representado no quadro de Dorian Gray, enquanto o personagem permanece jovem e belo. Causando, dessa forma, uma mudança nos paradigmas temporais que nos permite dispor de um olhar acerca da consolidação e desenvolvimento da consciência e personalidade do personagem, assim como as críticas sociais que podem ser suscitadas neste contexto literário. Tendo em vista a sociedade conservadora e hipócrita em que o personagem reside, criando um contraste entre suas ações consideradas indevidas e os valores morais propagados socialmente. Uma dualidade entre a aparência e as verdadeiras práticas, culminando em uma reflexão sobre a construção conservadora social que se torna problemática. Essas questões podem ser levantadas a partir do comportamento do personagem protagonista, de forma metafórica, unidas ao tempo que permite a evidência desses questionamentos. Para tanto, concepções acerca do tempo serão apresentados e discutidos, além de conceitos básicos oriundos dos estudos utópicos serão explorados, de maneira a enxergarmos com mais clareza a estrutura social, assim como uma breve menção a Alice no País da Maravilhas, de Lewis Carroll, que amplia esta leitura proposta.

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Biographie de l'auteur-e

Isabella Pereira Marucci, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestranda em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Graduada em Letras, Português/Inglês pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS.

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Publié-e

2018-12-16

Comment citer

MARUCCI, I. P. O Tempo através do retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde: espelhos sociais. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, Alagoinhas, BA, v. 8, n. 2, p. 21–33, 2018. DOI: 10.69969/revistababel.v8i2.5403. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/5403. Acesso em: 18 juill. 2024.

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SEÇÃO LIVRE