Poéticas modernas em expressão anglófona: destroços, fissuras e replicâncias
DOI:
https://doi.org/10.69969/revistababel.v4i2.1402Palavras-chave:
Lírica moderna, Experiências contextuais de leitura, HumanizaçãoResumo
Este artigo consiste em refletir sobre as relações e contingências de modernidade, na poética anglófona, por meio da eficácia estética da resignificação de palavras consideradas “malditas” que, como destroços, criam fissuras em torno do lento e contínuo processo de humanização. Para tanto, quando especulamos sobre as conjecturas dos destroços da humanidade, como elemento lírico, ponderamos sobre a ideia de resistência do gênero poético, sobretudo, quando este se nutre através da vida e suas possibilidades expressivas pelas replicâncias e representações ambivalentes por sentimentos/estados indesejados pela humanidade tais quais: solidão, melancolia, dor, medo, angústia, grito, morte, escuro, silêncio que atravessaram os séculos XIX e XX e ainda nos tomam em constante companhia, sobretudo, por potencializar as inúmeras formas do processo de humanização entre ironias, paradoxos e pensamentos do homem contemporâneo. Sob tais perspectivas, ao refletir a aparente desordem secular pela dicção poética de diversos escritores tais quais Emily Dickinson (1830-1886), Walt Whitman (1819-1892), Elizabeth Bishop (1911-1979), Maya Angelou (1928-2014), Simon Armitage (1961) entre outros que afetam, sobremaneira, o sentido a que se pode atribuir as expressões poéticas. Com efeito, as experiências de leitura, serão muito bem vindas ao que concerne à propriedade de revelar as substâncias de que são refletidas as composições, mesmo quando embaladas pelo sentimentalismo piegas e utópico dos amantes. Mas, principalmente, pela força dos engajados artífices das palavras, que, por vezes, se afastam da realidade exatamente para melhor decifrá-la.
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