Liberdade e tempo em Spinoza e Bergson

entre a eternidade e a duração

Autores

  • Raquel Wachtler Universidade Federal de Ouro Preto

Resumo

Será que o tempo dura em nós ou também fora de nós? Será que tudo é tempo ou será que o tempo enquanto fluxo não tem qualquer estatuto ontológico e tudo que existe sempre existiu eternamente? Para refletirmos sobre este mistério delicado que é o tempo, o presente artigo resgata dois filósofos importantíssimos ao pensamento ocidental. Ambos dedicaram-se em pensar a liberdade nas suas obras, em vista disso, irei trazer suas noções sobre essa questão tipicamente moderna, relacionando as elaborações da liberdade com a maneira que o tempo foi abordado em cada filosofia, embora a preocupação com a temporalidade esteja presente numa maior medida em Bergson do que em Spinoza. Procederei contrapondo as duas estratégias conceituais usadas para pensar o tempo: eternidade e duração. Farei o mesmo movimento de contraposição com suas propostas ontológicas, sempre frisando a maneira ambivalente que compreendem a duração e trazendo as críticas que fez Bergson à necessidade inflexível do Deus spinozano. Tentarei também aproximá-los à medida que exaltaram a intuição, seja como método filosófico, seja como um gênero específico do conhecimento. Quando supomos uma amizade filosófica, é muito potente e produtivo, ainda mais entre dois grandes mestres da intuição, amigos da multiplicidade e do movimento.

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Publicado

2021-07-13

Como Citar

WACHTLER, R. Liberdade e tempo em Spinoza e Bergson : entre a eternidade e a duração. Anãnsi: Revista de Filosofia, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 153–172, 2021. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/anansi/article/view/10609. Acesso em: 10 out. 2024.