Reflexões sobre a emergência da “questão Tamacheque” em 1963-1964 sob Modibo Keïta
Palavras-chave:
Modibo Keita.Tamacheque. Independências africanas. Movimento cultural Techúmara. Mali.Resumo
Este artigo tem como foco central, a difícil e complexa história dos primeiros anos da independência do Mali, período em que se desenvolve uma série de embates políticos, culturais e econômicos entre a sociedade tamacheque, nômades do Saara, e o Estado do Mali sob o governo de Modibo Keïta. A análise tem como base empírica, textos de discursos do primeiro presidente do país e análises publicados em jornais de um lado, e com os poemas escritos pelos tamacheque do movimento cultural denominado Techúmara– expressão da revolta e da necessidade de renovação da própria sociedade -, de outro. Do ponto de vista teórico, retomo as reflexões de Pierre Kipré sobre as contradições geradas pelas fronteiras traçadas sem base nas histórias e processos das populações. Além disto, Franz Fanon dá suporte à discussão a partir de sua reflexão sobre burguesia subdesenvolvida e o intelectual colonizado. O artigo ressalta a importância da produção musical para as novas configurações da luta emancipatória tamacheque e aponta para a responsabilidade das elites africanas e para a importância dos movimentos das sociedades na luta por sua emancipação no contexto dos Estados pós-coloniais
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