ENTRE O CAPITALISMO E A TRADIÇÃO: ACUMULAÇÃO DE RIQUEZAS COMO LINGUAGEM DE PODER NO NORTE DE MOÇAMBIQUE
Resumo
No norte de Moçambique existe uma copresença entre o capitalismo e a tradição que permite a sobreposição entre diferentes formas de acumulação de riquezas. Para boa parte da população, a acumulação individual de riquezas é, por si, um índice para a feitiçaria. De outro modo, assim como a feitiçaria, a acumulação de riquezas é também uma linguagem de poder e não se pode tornar-se rico sem este vínculo. A partir dessa premissa tradicional coloca-se uma questão ética: as ações distributivas (ou a falta delas) determinam se uma pessoa é generosa ou magnânima, ou é um(a) feiticeiro(a) perigoso(a). O objetivo deste artigo é apresentar alguns dos modos específicos como certas práticas capitalistas de acumulação recombinam-se com costumes, valores e relações de poder advindas da tradição.
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