Os DISCURSOS SOBRE ÁFRICA E A IDENTIDADE NEGADA NO BRASIL:
O PAPEL DA UNIÃO AFRICANA NA CONSTITUIÇÃO DE UM CONTINENTE
Résumé
O presente artigo tem por objetivo analisar a formação de uma incipiente identidade africana a partir da criação da União Africana, em 2001, e da “Agenda 2063”, no ano de 2015, que reúnem esforços para fomentar um continente africano mais forte econômica e politicamente, sendo capaz de enfrentar os desafios impostos pelo moderno processo de “mundialização” da economia. Para tal análise, partiremos dos estudos sobre África no Brasil, demonstrando a importância para os Estudos Africanos no país, que têm como ponto basilar representar o continente africano a partir da tensão entre o que se convencionou chamar de “Mama África”, de cunho essencialista e racialista, e os “africanistas”, cujos posicionamentos são heterogêneos. Neste sentido, o presente artigo se justifica por apresentar uma pesquisa que vai a contrapelo dos estudos sobre África no Brasil, os quais negam a existência de uma identidade africana ou a afirmam apenas pelo viés racial.
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