RECEPÇÃO DO LUSOTROPICALISMO DE GILBERTO FREYRE NAS COLÔNIAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA (1933- 1980)

Autores/as

  • Ercílio Neves Brandão Langa Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Palabras clave:

Lusotropicalismo, Gilberto Freyre, Colônias Portuguesas em África. Intelectuais, Nacionalistas Africanos.

Resumen

Este artigo analisa a recepção da teoria lusotropicalista do soció-logo brasileiro Gilberto Freyre nas colônias portuguesas em África. O lusotro-picalismo foi apropriado e transformado em ideologia pelo regime colonial português durante o Estado Novo sendo difundido nacional e internacionalmen-te, tendo influenciado autoridades, intelectuais, escritores, políticos e naciona-listas portugueses e africanos nas colônias portuguesas em África, durante a colonização e mesmo após as independências. Como o lusotropicalismo foi recebido nas sociedades africanas colonizadas por Portugal? Para elucidar esta problemática utilizei como métodos o levantamento bibliográfico e a pesquisa documental. A teoria teve reverberações importantes, particularmente, no meio político e intelectual em sociedades africanas insulares como a cabo-verdiana e são-tomense, onde Freyre e suas obras foram recebidos com “tapete vermelho” e aclamados. Já em outras sociedades “mais africanizadas” – angolana, guine-ense e moçambicana –, a ideologia teve opositores ferrenhos, com os naciona-listas e intelectuais africanos a interpelar o autor, criticando a colonização e o racismo português em África. Portugal movimentou o lusotropicalismo de for-mas distintas conforme a sociedade africana, cujo colonialismo pendeu entre a assimilação e a miscigenação culturais.

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Publicado

2019-07-14