Reinvenções africanas no mundo atlântico: práticas mágico-curativas no interior da Bahia (1930-1950)

Autores/as

  • Josivaldo Pires de Oliveira Universidade do Estado da Bahia-UNEB
  • Michelle Caroline Moreira Mansur Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Palabras clave:

Mundo Atlântico, Curadores negros, Bahia.

Resumen

Por práticas mágico-curativas entende-se aqui o conjunto de saberes de cura exercida por indivíduos das populações negras, na Bahia, desde período colonial. Cunhadas pejorativamente como “feitiçaria”, “curandeirismo” e “mandinga” pelos discursos da imprensa e dos agentes da polícia e da justiça, especialmente na República, esses mestres da cura foram alvo de repressão não apenas na capital baiana, mas também no extenso interior da Bahia. Ao se apropriarem de saberes ancestrais negro-africanos para amenizar as enfermidades de outros, foram autuados pelas autoridades locais por crimes contra a saúde pública, tendo as suas práticas criminalizadas pela legislação penal republicana. Neste artigo nos dedicamos em analisar como se deu essa experiência no interior da Bahia. A partir de notícias de jornais, processos criminais e legislação penal, procuramos apresentar alguns destes casos problematizando- os na dimensão das reelaborações culturais negro-africanas no universo atlântico e das relações de poder estabelecidas com as autoridades policiais e judiciárias na Bahia republicana.

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Biografía del autor/a

Michelle Caroline Moreira Mansur, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Mestranda no Programa de Pós-graduação em História Regional e Local da UNEB.

Número

Sección

Artigos