Reinvenções africanas no mundo atlântico: práticas mágico-curativas no interior da Bahia (1930-1950)
Palavras-chave:
Mundo Atlântico, Curadores negros, Bahia.Resumo
Por práticas mágico-curativas entende-se aqui o conjunto de saberes de cura exercida por indivíduos das populações negras, na Bahia, desde período colonial. Cunhadas pejorativamente como “feitiçaria”, “curandeirismo” e “mandinga” pelos discursos da imprensa e dos agentes da polícia e da justiça, especialmente na República, esses mestres da cura foram alvo de repressão não apenas na capital baiana, mas também no extenso interior da Bahia. Ao se apropriarem de saberes ancestrais negro-africanos para amenizar as enfermidades de outros, foram autuados pelas autoridades locais por crimes contra a saúde pública, tendo as suas práticas criminalizadas pela legislação penal republicana. Neste artigo nos dedicamos em analisar como se deu essa experiência no interior da Bahia. A partir de notícias de jornais, processos criminais e legislação penal, procuramos apresentar alguns destes casos problematizando- os na dimensão das reelaborações culturais negro-africanas no universo atlântico e das relações de poder estabelecidas com as autoridades policiais e judiciárias na Bahia republicana.
Downloads
Downloads
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores após a publicação na Revista África(s).
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.