Juventudes rurais do Território do Sisal
Por uma educação de autogestão pautada nas especificidades locais
Resumo
O presente artigo pretende discutir acerca da compreensão da categoria juventude a partir das redes de relações tecidas entre esta e os contextos socioculturais pelos quais transita, o que nos faz reivindicar políticas, ações e uma educação pautada nas especificidades locais. Compreendendo o Território do Sisal como um espaço marcado pelas desigualdades e pela desescolarização forçada, se faz necessário pensar nesses jovens como atores/atrizes do desenvolvimento de suas áreas de pertença, e da educação autogestionária pautada em políticas focalizadas como possibilidade de superação dessas mazelas. Nesse sentido, essa pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, recorremos a autores como Pais (2009), Marin (2019) e Froehlich (2019) a fim de abordar as categorias juventudes e juventudes rurais a partir de uma concepção histórica, social, cultural; Castro et al. (2019) para fundamentar a discussão de políticas focalizadas; Nunes, Santos, Barreto (2015) com as suas contribuições acerca do OBEJ para a educação no território do Sisal, e por fim, Costa, Oliveira e Melo Neto (2006) para direcionar uma reflexão sobre as potencialidades de se pensar a educação como um despertar à sensibilização para autogestão. Como via de implementação de políticas focalizadas elegemos o Observatório de Educação de Jovens e Adultos do Território de Identidade do Sisal (OBEJA) como elemento importante para pôr em prática as pautas da educação das especificidades locais para ação de autogestão.
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Referências
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