Neuroplasticidade e jogos digitais: uma compreensão a partir da Biologia da Cognição

Autores

  • Washington Sales do Monte Universidade Federal de Sergipe, Brasil
  • Adilson Rocha Ferreira Universidade Federal de Alagoas
  • Karla Rosane Do Amara Demoly Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Robélius De-Bortoli Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.11494882

Resumo

Esse artigo tem como objetivo apresentar uma experiência que articula o conceito da Neuroplasticidade Cerebral e sua relação com jogos digitais, usando como background a Biologia da Cognição de Humberto Maturana e Francisco Varela. Como procedimento metodológico foi utilizado o método da pesquisa-intervenção em conjunto com o método da cartografia praticada no processo/intervenção para o acompanhamento de processos de atenção na interação de crianças com jogos digitais. Os mapas foram escritos a partir do organização e desenvolvimento de oficinas de jogos digitais. A pesquisa-intervenção foi realizada no período de 2013 a 2014 no Centro de Atenção Psicossocial Infantil –CAPSi, na cidade de Mossoró/RN. 8 crianças participaram da pesquisa. Como recorte, trazemos apenas os processos de uma criança, como variável direta foi acompanhamento o processo da Atenção. Com a experiência, pode ser percebido a modulação dos processos da atenção ao longo do desenvolvimento das oficinas nos jovens participantes. Pela mudança de comportamento da criança autista observada, pode ser observaod que os jogos digitais podem ser utilizados para o desenvolvimento de novas plasticidades em um sujeito.

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Publicado

2019-07-11

Edição

Seção

GT1 - Jogos Eletrônicos e Saúde