AFFECTIONS AND POLITICAL ENGAGEMENT: FAMILY EXPERIENCE IN AN ASSOCIATION OF PEOPLE WITH SICKLE CELL DISEASE

Authors

Keywords:

Sickle cell disease, Health of the black population, Social movements

Abstract

Introduction: Sickle Cell Disease (SCD) is frequent in Black Population and its manifestations are amplified by racism. Collective actions such as social associations are important in the struggle for rights, giving visibility and political voice to the collective. Objective: to understand the family experience with the creation of an Association of people with SCD in the state of Mato Grosso/Brazil from the affective and sociopolitical motivations that mobilized the engagement. Method: qualitative socio-anthropological study, with comprehensive interviews with the mother, father and son, members of the Association. For data analysis, we used the life trajectory, locating remarkable events of the family experience with the SCD and the creation of the Association. Results: of the three children, the first had severe symptoms and complications of SCD, including two strokes, and lived for about 32 years. The second has mild symptoms and is the vice president of the Association. The third died at 10 months of age. The daily coexistence with the SCD in the care of the three children imposed frequent contact with health services exposing them to institutional racism and promoted to Mother and Father the knowledge through the experience that was extended to the collective when they engaged in the Association where care is on a larger scale. Conclusion: the associations translate demands related to the SCD, removing them from the personal and family sphere and moving them to the public space, reflecting on the struggles of the broad agenda for the Health of the Black Population.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Karolyne Sebastiane da Silva, Enfermeira no Hospital Regional Dr Antonio Fontes - Brasil

Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Mato Grosso

Reni Aparecida Barsaglini, Docente no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva e no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso - Brasil

Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas. Lidera o Grupo de Pesquisa "Saúde, experiência, cultura e sociedade".

Késia Marisla Rodrigues da Paz, Professora na Universidade do Estado de Mato Grosso - Brasil

Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso. Integrante do Grupo de Pesquisa "Saúde, experiência, cultura e sociedade".

References

Zago M. Considerações gerais. In: Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Secretaria de Políticas de Saúde. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doença Falciforme. Brasília, DF, 2001.

Teles FA, Silva CL, Silva CA, Souza OL, Santos GM, Seibert SC. Hemoglobinas de origem africana em comunidades quilombolas do estado do Tocantins, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude. 2017 mar.; 8(1): 39-46.

Domingues P. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo. 2007. 12(23): 100-122.

Paim JS. Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos. Ciênc. Saúde Coletiva. 2018. 23(6): 1723-1728.

Paz RK. Experiência coletiva e agência de organizações sociopolíticas frente ao racismo e à anemia falciforme em Mato Grosso. Tese [doutorado]. PPG em Saúde Coletiva. Instituo de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, 2020.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Triagem neonatal biológica: manual técnico. Brasília, DF, 2016.

Lima DFAM, Gilbert BCA, Horovitz GDD. Redes de tratamento e as associações de pacientes com doenças raras. Ciênc. saúde coletiva. 2018. 23(10): 3247-56.

Frossard CV, Dias MCM. O impacto da internet na interação entre pacientes: novos cenários em saúde. Interface - Comum., Saúde, Educação. 2016. 20(57): 349-61.

Adam P, Herzlich C. Sociologia da doença e da medicina. Bauru-SP: Edusc, 2001.

Gohn MG. Teoria dos Movimentos Sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. São Paulo: Edições Loyola, 1997.

Brenner AK. Do potencial à ação: o engajamento de jovens em partidos políticos. Pro-posições. 2018. 29(86): 239-266.

Tarrow S. Transnational politics: contention and institutions in international politics. Annual Review of Political Science. 2001. Jun. 4: 01-20.

Silva KS. Afetos e engajamento político: experiência familiar na criação de uma associação de pessoas com doença falciforme. Dissertação [mestrado]. PPG em Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. 2022

Larrosa J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica. 2015.

Favret-Saada J. Ser afetado. Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP. 2005. 13(14): 155-161.

Diniz LG. Imaginação como presença. O corpo e seus afetos na experiência literária. Curitiba: UFPR, 2020.

Barsaglini R. Experiência: fundamentos conceituais e a abordagem socioantropológica em saúde e cronicidade. In: Barsaglini R, Portugal S, Melo L. (Org.) Experiência, Saúde, Cronicidade: um olhar socioantropológico. Rio de Janeiro/RJ: Editora Fiocruz / Imprensa da Universidade de Coimbra, 2021, p. 39-62.

Ferreira VS. Artes e manhas da entrevista compreensiva. Saúde e Sociedade. 2014. 23(3): 979-92.

Castro FF. A sociologia fenomenológica de Alfred Schutz. Ciências Sociais Uni-sinos. 2012. 48(1): 52-60.

Queiroz, M.I.P. Relatos orais: do “indizível” ao “dizível”. Ciência e Cultura. 1987. Mar. 39(3): 272-86.

Conde I. Falar da vida (I). Sociologias - Problemas e Práticas. 1993. 14: 199-222.

Carter B, Mcgoldrick M. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar - Uma Estrutura para a Terapia Familiar. Porto Alegre: Artes Médicas - 2º ed. 1995.

Velho G. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2003.

Castello GLA. A desconstrução e reconstrução dos modelos parentais intergeracionais através do sociodrama construtivista. Dissertação [mestrado]. PPG em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo. 2006.

Canesqui AM. (Org.). Olhares Socioantropológicos sobre os Adoecidos Crônicos. São Paulo: Hucitec. 2007.

Barsaglini RA. Repercussões dos adoecimentos crônicos nos estudos de experiência: tipos, momentos e mediadores. Oficina do CES. 2019. Ago. (452): 1-27.

Jones CP. Levels of Racism: a theoretic framework and a gardener’s tale. American Journal of Public Health. 2000. 90(8): 1212-15.

Werneck J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde Soc. 2016. 25(3): 535-49.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rio de Janeiro: IBGE. 2010.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Departamento de Ciência e Tecnologia. Síntese de evidências para políticas de saúde: prevenindo as complicações da doença falciforme [recurso eletrônico]. Brasília, DF, 2020. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/06/1099590/12-sinteseprevenindocomplicacoesdoencafalciformefinalcorrigido_igpfqd5.pdf Acesso em: 28/7/2022.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de eventos agudos em doença falciforme. Brasília, DF, 2001.

Abrasta - Associação Brasileira de Talassemia. 2017. Disponível em: https://www.abrasta.org.br/quelantes-de-ferro/ Acesso em: 28/7/2022.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 48, de 11 de fevereiro de 1999. Regula o parágrafo 7º da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Institui normas de funcionamento e mecanismos de fiscalização para execução dessas ações no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF, 1999.

Moreira PAK, Costa RAA, Araújo MAM, Queiroz OVM. Causas e características da resistência à vasectomia em homens. Rev. RENE. 2008. Abr./jun. 9(2): 82-9.

Albuquerque A, Soares Neto JAR. Organizações de pacientes e seu papel na implementação de direitos nos cuidados em saúde. Cad. Ibero-amer. Dir. Sanit., 2022. Brasília. 11(1): 144-62.

Soares JL, Araújo LF, Bellato R, Petean E. Tecitura do vínculo em saúde na situação familiar de adoecimento crônico. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2016. 20(59): 929-40.

Callon M, Rabeharisoa V. The growing engagement of emergent concerned groups in political and economic life: lessons from the French Association of neuromuscular disease patients. Science, Technology & Human Values. 2007. 33(2):230-61.

Velho G. Biografia, trajetória e mediação. In: Velho G, Kuschnir K. (Orgs.). Mediação, cultura e política. Rio de Janeiro: Ed. Aeroplano. 2001. p. 13-28.

Souto S. Aquilombar-se: insurgências negras na gestão cultural contemporânea. Revista Metamorfose. 2020. Jun. 4(4): 133-44.

Pereira MM. O movimento negro e as revoluções de 1968: uma análise da reação e ressignificação do negro e o histórico do movimento no Brasil. Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais. 2019. 8(1): 34-57.

Ramose MB. A filosofia do ubuntu e ubuntu como uma filosofia. In: Ramose MB. African Philosophy through Ubuntu. Harare: Mond Books. 1999, p. 49-66. Tradução para uso didático por Arnaldo Vasconcellos. Disponível em: https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/texto16.pdf Acesso em: 28/7/2022.

Published

2022-09-06

How to Cite

Silva, K. S. da, Barsaglini, R. A., & Paz, K. M. R. da. (2022). AFFECTIONS AND POLITICAL ENGAGEMENT: FAMILY EXPERIENCE IN AN ASSOCIATION OF PEOPLE WITH SICKLE CELL DISEASE. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 3, e14209. Retrieved from https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14209

Issue

Section

Dossiê Temático SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: PRÁTICAS E REFLEXÕES CONTRA-HEGEMÔNICA