EXPRESSÕES DO RACISMO INSTITUCIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE ARACAJU: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
PNSIPN, SUS, Racismo Institucional, Atenção BásicaResumo
Este artigo discorre sobre as nossas experiências profissionais na Atenção Básica de Saúde de Aracaju e aborda algumas expressões do racismo institucional nesse nível de atenção à saúde. O objetivo central é problematizar alguns códigos institucionais que dificultam a focalização da assistência à saúde da população negra, em flagrante inobservância à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). Ancoramo-nos na observação participante, na análise documental e na revisão de literatura situada entre as fronteiras do materialismo histórico-dialético e da decolonialidade para abordar as reflexões aqui pontuadas. Dividimos o relato, para fins organizativos, em três eixos que retratam experiências racistas em uma unidade básica de saúde da capital aracajuana: 1) Indeferimento de titulação com progressão pecuniária a profissionais de saúde formalmente certificados com atualização da PNSIPN; 2) Inobservância do quesito raça-cor no cadastro dos usuários que utilizam o SUS e;3) Preservação de simbologia com conotações escravocrata e colonialista. Concluímos que, a imprecisão dos registros raça/cor, o desinvestimento em educação continuada para os profissionais de saúde e a manutenção de símbolos com conotações escravocratas evidenciam o desconhecimento ou apatia na efetiva implantação PNSIPN.
Palavras-chaves: PNSIPN. SUS. Racismo Institucional. Atenção Básica.
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