INOVAÇÕES EDUCACIONAIS NO GRUPO ESCOLAR FREI MIGUELINHO NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX
Palavras-chave:
Cotidiano, Grupo Escolar Frei Miguelinho, Inovações educacionais, Professor Luiz Soares.Resumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar as inovações educacionais no cotidiano do Grupo Escolar Frei Miguelinho, situado na cidade do Natal-RN, nas primeiras décadas do século XX. O trabalho é orientado pelas discussões teóricas de Certeau (1994) sobre o cotidiano e Magalhães (2004) acerca das instituições escolares articuladas ao diálogo com as fontes escritas e iconográficas. Constatou-se que o professor Luiz Soares, que dirigiu o Grupo Escolar Frei Miguelinho por 54 anos, recorrendo às “maneiras de fazer” conseguiu transformar o grupo escolar do bairro do Alecrim em um espaço de educação que articulava o ensino regular às outras práticas educativas, tais como o escotismo, o ensino profissional e musical e o cinema educativo. As aulas do ensino primário ministradas no Grupo Escolar Frei Miguelinho e essas inovações educacionais se complementavam, pois o educador norte-rio-grandense almejava, por meio dessas práticas intervir na realidade social que circundava seus discípulos, tornando-os cidadãos educados, conscientes dos seus direitos e deveres e úteis à sociedade.
Downloads
Referências
ANIVERSÁRIO da banda dos escoteiros. A República, Natal, 15 de out. 1957, p. 6.
Associação dos Escoteiros do Alecrim (A.E.A). Ofício nº 745, enviado ao Interventor Federal Mário Câmara, em 02 abr. 1934.
Associação de Escoteiros do Alecrim (A.E.A). Ofício nº 1013, enviado ao vice-cônsul dos Estados Unidos, George Filden Colman, em 13 mar. 1947.
Associação de Escoteiros do Alecrim. Ofício nº 1015, enviado ao vice-cônsul dos Estados Unidos, George Filden Colman, em02 abr. 1947.
AZEVEDO, Crislane Barbosa; SANTOS, Rosa Milena. Ensino moderno público no Rio Grande do Norte no início do século XX: em foco os passeios extraclasse dos Grupos Escolares. Revista Contemporânea de Educação, vol. 11, n. 21, jan/jul de 2016.
BOLETIM nº 27. A República. Natal, 20 set. 1944, p. 6. Seção: Pelo Escotismo.
BOLETIM nº 34, A República. Natal, 15 ago. 1941, p. 4. Seção: Pelo Escotismo.
ARAÚJO, Luiz Correia Soares. O Escotismo. In.: Revista de Ensino, Natal, ano 1, n. 3, jul. 1917, p. 6-7.
ARAÚJO, Luiz Correia Soares. O escotismo escola do dever. In: A República, Natal, p. 2, 01 jun. 1929.
BANDAS. A ORDEM, Natal, 14 agos. 1945, p. 4.
BODAS de prata da Banda de Música. A República, Natal, 21 set. 1943, p. 3. Pelo escotismo.
CARVALHAL, Fernanda Caraline de Almeida. Luz, Câmara, Educação! O Instituto Nacional de Cinema Educativo e a formação da cultura áudio-imagética escolar. 2008, 203f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro.
CASCUDO, Câmara. A Charanga do Alecrim. In: A República, Natal, 15 out, 1945, p. 5.
CINEMA Educativo. A República, Natal, 05 fev. 1938, p. 7.
CINEMA Educativo dos Escoteiros do Alecrim. A Ordem, Natal, 27 mar. 1938, p.1.
ESCOTEIROS comemoram 65 anos com muito entusiasmo. O Poti, Natal, 18 jul. 1982, p. 12.
FEREIRA, Yuma. A criança e a cidade: as transformações da infância numa Natal Moderna (1890-1929). 2009, 195f. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.
GALVÃO, Elisandra. A ciência vai ao cinema: uma análise de filmes educativos e de divulgação científica do Instituto Nacional do Cinema Educativo (INCE). 2004, 278f. Dissertação (Mestrado em Educação, Gestão e Difusão em Biociências). Universidade Federal do rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas/SP: Editora da Unicamp, 1990.
MAGALHÃES, Justino Pereira de. Tecendo nexos: história das instituições educativas. Bragança Paulista. São Paulo: Editora Universitária São Francisco, 2004.
MELO, José Joaquim Pereira. Fontes e métodos: sua importância na descoberta das heranças educacionais. In: COSTA, Célio Juvenal; MELO, José Joaquim Pereira; FABIANO, Luiz Hermenegildo (orgs.). Fontes e Métodos em História da Educação. Dourados: Ed. UFGD, 2010. p. 13-34.
MELO FILHO. João Gomes. Centenário do Frei Miguelinho. In. Tribuna do Norte, Natal, 21 abr. 2013, p. 6.
MELO, Veríssimo de. Pioneiros do Escotismo. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Natal, v. 69, p. 117-120, 1977.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª edição. São Paulo: Hucitec Editora, 2014.
MOREIRA, Ana Zélia Maria. Um espaço pioneiro de modernidade educacional: Grupo Escolar “Augusto Severo” – Natal/RN (1908-13). 2005. 165p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005.
NA MARINHA, no Exército, no sacerdócio e em todos os setores da vida sei que existem corações que aqui se formaram e continuam bendizendo a sua antiga escola. A República, Natal, 14 jul. 1944, p.4.
NONATO, Raimundo. Luiz Soares, educador exemplar. In. Revista do Instituto histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Natal, v. 1, n. 70, 1980. p. 25-30.
PELO escotismo. A República, Natal, 25 jun. 1944, p. 3.
PELO escotismo - A República, Natal, 13 fev. 1945, p. 4.
PEQUENOS ECHOS. Revista de Ensino, Natal, ano 1, n. 3, p. 9-11, jun. 1917.
PINTO, Amanda Thaise Emerenciano. A presença do professor Luiz Correia Soares de Araújo no Grupo Escolar Frei Miguelinho (1912-1967). 2015, 92f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
RIO GRANDE DO NORTE. Governador do Estado (1921-1924: Souza) Mensagem lida perante o Congresso Legislativo na abertura da terceira sessão da undécima legislatura em 1º de novembro de 1923 pelo governador Antônio José de Melo e Souza. Natal: Imprensa Oficial, 1923.
RIO GRANDE DO NORTE. Presidente do Estado (1924-1927: Medeiros). Mensagem lida perante a Assembleia Legislativa na abertura da 14ª Legislatura em 1º de outubro de 1927, pelo Presidente José Augusto Bezerra de Medeiros. Natal: Imprensa Oficial, 1927.
RIO GRANDE DO NORTE. Presidente do Estado (1928-1930: Lamartine). Mensagem apresentada pelo presidente do Rio Grande Norte Juvenal Lamartine à Assembleia Legislativa por ocasião da abertura da 3ª sessão da 13ª Legislatura. Natal: Imprensa Oficial, 1929.
SÃ-SILVA, Jackson Ronie; ALMEIDA, Cristóvão Domingos de; GUINDANI, Joel Felipe. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, v. 1, p. 1-15, 2009.
SILVA, Fancinaide de Lima; MORAIS, Maria Asrinete Câmara de. Escolarização da criança no Grupo Escolar Modelo Augusto Severo (Natal|RN| Brasil, 1908-1920). In: DORNELLES, Leni Vieira; FERNANDES, Natália (Org.). Perspectivas sociológicas e educacionais em estudos da criança: as marcas das dialogicidades luso-brasileiras. Braga: Uminho, 2012, v. 1, p. 465-477.
SOARES, Gil. Fastígio e ocaso de Ferreira Chaves. In: O Poti, Natal, p. 24-25, 10 fev. 1985.
SOUZA, Rosa de Fátima de. Templos de civilização: a implantação da escola graduada no estado de São Paulo (1890-1910). São Paulo: Unesp, 1998.
VIDAL, Diana Gonçalves. Cinema, laboratórios, ciências físicas e Escola Nova. Cad. Pesq., São Paulo, n. 89, p. 24-28, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Diálogos e Diversidade (RDD) implica na transferência, pelas(os) autoras(es), dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os manuscritos publicados nesta revista são das(os) autoras(es), com direitos da RDD sobre a primeira publicação. As(os) autoras(es) somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando explicitamente a RDD como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License, que permite copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato, adaptar, remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial, dando o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas, distribuindo as suas contribuições sob a mesma licença que o original, não podendo aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Esta obra está licenciada com uma Licença 