ESSE QUILOMBO É NOSSO: MEMÓRIA ANCESTRAL NO CORPO DE MULHERES NEGRAS CAPOEIRISTAS

Autores/as

Palabras clave:

Gênero; resistência. Memória. Identidade.

Resumen

A luta contra a desigualdade de gênero constitui-se no contemporâneo uma constante e caminha em um ritmo em que várias frentes são acionadas, por exemplo: profissão, arte e cultura. Nas diversas batalhas levantadas pelas mulheres ao longo do tempo, muitas vitórias já foram alcançadas, mas dentre as conquistas, a Capoeira ainda é um espaço social considerado masculino, em que a mulher ocupa o lugar de coadjuvante. Portanto, objetiva-se com este artigo discutir a inserção feminina na Capoeira, tendo em vista, o prélio contra o preconceito e a instituição do pensamento machista na prática da Capoeira. Do ponto de vista metodológico, trata-se de um estudo de cunho bibliográfico e documental, em que a análise se dará a partir de relatos e cantigas. Em relação ao suporte teórico, a pesquisa conta com as contribuições de estudiosos como Leda Martins (2002), Ribeiro (2017). Enfim, os resultados postulam que a resistência e a resiliência de mulheres como Maria Felipa representam o engajamento e as batalhas já vencidas e ainda as que precisam ser vencidas. Além disso, os relatos demonstram as várias formas de agressões e violências sofridas pelas mulheres por conta de um pensamento tacanho de homens em que procuram classificar a Capoeira como um espaço totalmente masculino. 

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Biografía del autor/a

Ivalda Kimberlly Portela, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB e Mestranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia - UFBA.

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Publicado

2021-11-24

Cómo citar

Portela, I. K. (2021). ESSE QUILOMBO É NOSSO: MEMÓRIA ANCESTRAL NO CORPO DE MULHERES NEGRAS CAPOEIRISTAS. Diálogos E Diversidade, 1, e12888. Recuperado a partir de https://revistas.uneb.br/index.php/rdd/article/view/12888

Número

Sección

Dossiê temático: História, memória e trajetórias educacionais