ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS: UM ESTUDO EM ESCOLAS PÚBLICAS DE SENHOR DO BONFIM – BA

Autores

Palavras-chave:

Educação de Surdos. Ensino de Português. Formação de Professores. Educação Bilíngue.

Resumo

RESUMO

Este estudo consiste em uma pesquisa qualitativa, na qual se buscou investigar o seguinte problema: como são desenvolvidas as práticas pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para surdos na cidade de Senhor do Bonfim? Para construção dos dados, foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas e análise documental dos planos de aula dos quatro docentes que ministraram aulas de L2 para discentes surdos/as nas escolas da rede pública da cidade de Senhor do Bonfim. Esta pesquisa constatou que embora a legislação brasileira garanta o ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa dentro do currículo escolar, as escolas públicas do município de Senhor do Bonfim ainda não possuem práticas concretas de ensino de L2 para surdos/as dentro de seus currículos. Das quatro práticas pedagógicas investigadas duas partiram da iniciativa pessoal dos próprios docentes em ministrar cursos para atender as necessidades identificadas em seus discentes surdos/as. As outras duas práticas, embora estivessem incluídas dentro do currículo de suas escolas através do Atendimento Educacional Especializado – AEE, não se concretizaram como práticas efetivas de ensino de L2 devido aos diversos obstáculos enfrentados. As constatações desta pesquisa destacam o pioneirismo das estratégias utilizadas pelos/as docentes investigados/as frente às necessidades educacionais específicas dos/as seus estudantes.

Palavras-chave: Educação de Surdos. Ensino de Português. Formação de Professores. Educação Bilíngue.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiane da Silva Lima, Instituto Federal Baiano (IFBaiano)

Especialista em Libras pela Universidade Federal fo Vale do São Francisco (UNIVASF). Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano).

Aline Conceição Carvalho Novais, Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim

Especialista em Libras com Ênfase em Docência pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) , Especialista em Psicopedagogia Escolar pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - campus VII e Tradutora/interprete de Libras no município de Senhor do Bonfim.

Maisa Lima Freitas de Souza, Instituto Federal da Bahia (IFBA)

Especialista em Libras. Professora de Libras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia.

Referências

BRASIL. Lei nº10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Distrito federal, Brasília, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm. Acesso em 20 de dezembro de 2018.

BRASIL. Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº10.436, de 24 de abril de 2002 e o art. 18 da Lei nº10.098, de 19 de dezembro de 2000, DF, 2000. Distrito Federal, Brasília, 22 dez. 2005. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em: 20 de dezembro de 2018.

BRASIL./MEC/SEESP. Política nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva. Brasília, 2008. Brasília: MEC/ Seesp, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 21 de agosto de 2021.

BRASIL. Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/Acesso em 24 de fevereiro de 2019.

CAMPELLO, A. R. S. Pedagogia Visual / Sinal na Educação dos Surdos. In: Quadros, R. M. de.; Pelin, G. (orgs). Estudos Surdos II. Petrópolis: Arara Azul. p. 100-131, 2007.

CAMPOS, Marina de Lima Isaac Leandro. Educação inclusiva para surdos e as Políticas vigentes. In: LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de; SANTOS, Lara Ferreira dos (orgs). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à libras e a educação de surdos. São Carlos: EdUFScar, 2014.

CAPOVILLA, Fernando et al. SignWriting: implicações psicológicas e sociológicas de uma escrita visual direta de sinais, e seus usos na educação do surdo. Revista Espaço, p. 31-37, Jan. 2000. Disponível em: <http://www.signwriting.org/archive/docs1/sw0064-BR-Escrita-Visual.pdf> Acesso: 14 de dezembro 2018.

LÜDKE, M. et al. O professor e a pesquisa. São Paulo: Papirus, 2001.LÜDKE, M; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MENDES, Eniceia Gonçalves; VILARONGA, Carla Ariela Rios; ZERBATO, Ana Paula. Ensino colaborativo como apoio a educação escolar: unindo esforços entre educação comum e especial. São Carlos: EDUFSCar, 2018.

QUADROS, Ronice Muller de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.
QUADROS, Ronice Muller de; CRUZ, Carina Rebello. Língua de sinais: instrumentos de avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2011.

QUADROS, Ronice MULLER de. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

SANTOS NETO, D. N. dos. A Educação em Perspectiva Inclusiva: implicações discursivas na construção da educação de surdos em uma escola pública estadual de Jacobina/BA. 2018. 296f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Diversidade) – Universidade do Estado da Bahia –UNEB, Campus IV, 2019. Disponível em: http://www.saberaberto.uneb.br/jspui/handle/123456789/194/simple-search?filterquery=2018&filtername=dateIssued&filtertype=equals. Acesso em: 28 de agosto de 2021.

SILVA, Giselli Mara da. COSTA, Josiane Marques da. LOPES, Lorena Poliana Silva. Formação de professores de português para surdos: entre o ideal, o real e o possível. Revista caminhos em Linguística aplicada, volume 11, número 2, 2014.

Downloads

Publicado

2021-11-17

Como Citar

Lima, T. da S., Novais, A. C. C., & Souza, M. L. F. de. (2021). ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS: UM ESTUDO EM ESCOLAS PÚBLICAS DE SENHOR DO BONFIM – BA. Diálogos E Diversidade, 1, e12669. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/rdd/article/view/12669

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo