CRIANÇA HOSPITALIZADA E O SENTIDO DO APRENDER: ATENDIMENTO PEDAGÓGICO EM UM HOSPITAL PÚBLICO INFANTOJUVENIL

Autores

Palavras-chave:

Educação e Saúde, Atendimento pedagógico, Criança com câncer, Educação Especial Inclusiva

Resumo

Neste estudo, busca-se compreender os sentidos atribuídos pelas crianças em tratamento oncológico ao atendimento pedagógico efetivado em um hospital no município de Feira de Santana-BA. Adota-se a metodologia de pesquisa qualitativa-descritiva. As análises indicam que o atendimento pedagógico na perspectiva do trabalho humanizado pela ludicidade e escolarização, transporta a criança para além do que o adoecimento lhe confere: proporciona bem-estar e oportunidades de aprendizagem, de falar da vontade de continuar a viver e da esperança na volta a vida normal. Ficou evidente que, com possibilidade de refletir sobre o que está vivendo e romper com a condição de paciente, a criança assume a condição de sujeito ativo e participativo. Foi constatado que o escolar que possui doença crônica se inclui na Política Nacional de Educação Especial/inclusiva, em virtude de que, dentre outros aspectos, tem suas trajetórias escolares obstaculizadas. Os dados indicam que atendimento tem minimizado algumas ausências e sugerem a sua ocorrência com mais frequência, por meio da implantação da classe hospitalar para efetivo atendimento da escolarização e cuidados dos estudantes na perspectiva da inclusão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Osdi Barbosa dos Santos Ribeiro, Faculdade Maria Milza (FAMAM)

Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGE/UEFS)

Profa. da Faculdade Maria Milza (FAMAM), Cruz das Almas, BA

Alessandra Alexandre Freixo, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGE/UEFS).

Referências

ABRAÃO. Entrevista. [dez. 2017]. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997
AMARILHA, M. Estão mortas as fadas? Petrópolis: Vozes, 1997.
AMORA. Entrevista. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
ARIEL. Entrevista. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.
BELA. Entrevista. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
BENJAMIN, W..Conto e Cura. In: BENJAMIN, W. Obras Escolhidas II: Rua de Mão Única. São Paulo: Brasiliense, 1995.
BESNOSIK, M. H. R. Experiência de leitura: o lugar da literatura. In: LIMA, E. G. L; GONÇALVES, S. M; CORDEIRO, V. M. R. Leitura e Literatura do centro às margens: entre vozes, livros e redes. Campinas, SP: Pontes Editores, 2016.
BRASIL. Direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Resolução nº 41, de 13 de outubro de 1995. Diário Oficial da União. Brasília, DF, Seção I, 1995, p. 16.319-16320.
______. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Resolução CEB/CNE n° 2, de 11 de setembro de 2001.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado,1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 21 mar. 2020.
______. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf Acesso em: 25 set. 2020.
______. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf Acesso em: 25 set. 2020.
______. Lei n° 13.716, de 24 de setembro de 2018 altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para assegurar atendimento educacional ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 de setembro de 2018. Edição 185.
______. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Edições Câmara. Disponível em: <http://bd.camara.gov.br>. Acesso em: 23 mai. 2021.
______. Lei Federal n° 11.104, de 21 de março de 2005. Diretrizes de instalação e funcionamento das brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 mar. 2005.
CANDIDO, A. O Direito à literatura. In: CANDIDO, A. Vários Escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
COELHO, Nelly N. Literatura infantil: teoria, análise, didática. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2000.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa qualitativa em Ciências Humanas e Sociais. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2006.
CUNHA, N. H. S. O significado da brinquedoteca hospitalar. In: VIEGAS, D. (Org.). Brinquedoteca Hospitalar: Isto é Humanização. Associação Brasileira de Brinquedotecas. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2007.
DENZIN, N. K; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Bookman, 2006.
FONTES, R. S. A escuta pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da Educação no hospital. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 29, p.119-139, mai./ago., 2005.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
ISABELA. Entrevista. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
JULIANA. Entrevista. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
GÓES, L. P. Introdução à literatura infantil e juvenil. São Paulo: Pioneira, 1991.
GONZÁLES-SIMANCAS, J. L; POLAINO-LORENTE, A. Pedagogia Hospitalaria: actividade educativa en ambientes clínicos. Madrid: Narcea,1990.
KOVÁCS, M. J. A criança e a morte. In: VIEGAS, D. (Org.). Brinquedoteca Hospitalar: Isto é Humanização. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2007.
LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
MATOS, E. L. M.; MUGIATTI, M. T. F. A Pedagogia Hospitalar: a humanização integrando educação e saúde. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
MINAYO, M. C. S. Trabalho de Campo: contexto de observação, interação e descoberta. In: MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2016.
NARUTO. Entrevista. Feira de Santana: [s.n.], 2017.
SABBAGE, S. O que o câncer me ensinou. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.
SILVA, N.; ANDRADE, E. S.. Pedagogia Hospitalar: fundamentos e práticas de humanização e cuidado. Cruz das Almas/BA: U/FRB, 2013.
VERDI, C. A importância da literatura infantil no hospital. In: Matos, E. L. M. (Org). Escolarização Hospitalar: Educação e saúde de mãos dadas para humanizar. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2014.
WOLF, R. A. P. O significado da leitura e da contação de histórias para crianças hospitalizadas. In: MATOS, E. L. M; FERREIRA, J. L. (Org.). Formação pedagógica para o atendimento ao escolar em tratamento de saúde: redes de possibilidades. Petrópolis: Vozes, 2013.

Publicado

2021-09-16

Como Citar

Ribeiro, O. B. dos S., & Freixo, A. A. (2021). CRIANÇA HOSPITALIZADA E O SENTIDO DO APRENDER: ATENDIMENTO PEDAGÓGICO EM UM HOSPITAL PÚBLICO INFANTOJUVENIL. Diálogos E Diversidade, 1, e12358. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/rdd/article/view/12358

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo