Saberes de professoras
educação inclusiva no ambiente escolar
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v13n2.p105Palabras clave:
Educação Inclusiva, Deficiência, Formação docenteResumen
Discutir conceitos e perspectivas sobre a deficiência, mesmo com tantos avanços, ainda é um “tabu” social. E quando essa discussão envereda pelos caminhos da educação torna-se ainda mais complexo, já que os olhares e práticas aplicadas, mesmo com tantas diretrizes, leis, regimentos, decretos e prerrogativas, devem ser individuais, atendendo as subjetividades de cada sujeito. Diversos autores sociais são inseridos nesse processo, além da pessoa com deficiência, mas também a família, os gestores escolares e as professoras e professores. Desta forma, a presente pesquisa busca, através do olhar das professoras, conhecer o funcionamento da educação especial, na perspectiva da educação inclusiva, em uma escola da rede municipal de Alagoinhas, agenciando uma escuta sensível das envolvidas nesse processo. A pesquisa tem como problema a seguinte questão: Em que medida se dá a o funcionamento da educação especial, na vertente da educação inclusiva, no ambiente escolar? Para responder esse questionamento, optamos pela realização de uma investigação de abordagem qualitativa, com ênfase no método (auto) biográfico, tendo a entrevista narrativa como instrumento de pesquisa e documental, com a exploração de documentos oficiais que “estruturam” a educação inclusiva nas escolas. Na construção do embasamento teórico recorremos aos autores, Aranha (2001), Barthes (1981), Cruz (2009), Foucault (1979;2008), Minayo (2011), Oliveira (2016), Pereira (2015;2018) entre outros. Como principais resultados após análise de dados, podemos destacar: dificuldades da aplicabilidade das políticas nas realidades escolares, além das dificuldades no processo de formação docente para a educação especial. Desse modo, buscamos dar visibilidade as histórias de vida das docentes, revelando as dificuldades, retrocessos, sucessos e expectativas. Ao analisar como ocorre o funcionamento da educação especial, na vertente da educação inclusiva, através do olhar das colaboradoras da pesquisa, podemos compreender a aplicabilidade e efetividade das práticas profissionais, frente a este objeto.
Descargas
Citas
ANDRADE, Simone Santos Barbosa de. Educar na diferença: imagens e concepções docentes sobre o processo de letramento do surdo na Educação de Jovens e Adultos. 2009. 191 p. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade, Faculdade de Educação, Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Salvador, Bahia, 2009.
ARANHA, M. D. F. (2001). Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, 11 (21),5.
ARAUJO, Luiz Antônio Souza de. Pedagogia da inclusão: a arquitetura institucional da política de inclusão escolar de pessoas com deficiência no estado de Minas Gerais. 2017. 162 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro. 1 ed. São Paulo: Geração editorial, 2013.
BARTHES, R. et al. Introdução à análise estrutural da narrativa. Trad. Maria Zeila Barbosa Pinto. Rio de Janeiro: Vozes, p. 19-60, 1981.
BARRY, Brian. Social exclusion, social isolation and the distribution of income. Cen tre for Analysis of Social Exclusion – Case, Londres, p. 124, 1998.
BERTAUX, Daniel. Narrativas de vida: a pesquisa e seus métodos. Tradução Zuleide Alves Cardoso Cavalcante e Denise Maria Gurgel Lavallée. Natal: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2010.
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8213cons.htm. Acesso em 01 de out. 2021.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Decreto nº 10.502. Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, inclusiva e com aprendizado ao longo da vida. Brasília: MEC, setembro 2020.
BRUNER, J. Fabricando histórias: Direito, Literatura, Vida. Trad. Fernando Cássio. São Paulo: Letra e Voz, 2014.
CAVALCANTE, Meire. Contexto histórico da construção da Educação Inclusiva no Brasil. Disponível em: https://inclusaoja.com.br/2011/06/03/2-contexto-historico-da-construcao-da-educacao-inclusiva-no-brasil. Acesso em 06 de out. 2021.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CRUZ, Maria de Fátima Berenice da. Memórias de leituras literárias de jovens e adultos Alagoinhenses. 2009. 197f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.
DELORY-MOMBERGER, Christine. Biografia e educação: figuras do indivíduo-projeto. Trad. de Maria da Conceição Passegi, João Gomes da Silva Neto e Luis Passegi. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2008.
DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
DINIZ, Débora. O que é deficiência? Ana Terra Majia Munhoz e Dida Bessana (REV). São Paulo, 2007.
DURANT, Will. A História da Civilização I. Nossa herança oriental. Rio de Janeiro: Editora Record, 1995, ISBN 85-01-28821-7.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa em educação. São Paulo, n. 114, dez. 2001.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder; tradução e organização de Roberto Machado. Rio de Janeiro, RJ: Graal, 1979.
FOUCAULT, M. História da Loucura. São Paulo: Perspectiva, 2000.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento das prisões; tradução de Raquel Ramalhete. 35ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008 – 288p.
FREITAS, D de; GALVÃO, C. O uso de narrativas autobiográficas no desenvolvimento profissional de professores. Ciências & Cognição. 2007; Vol. 12: 219-233. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/648/430. Acesso em: 22, out. 2020.
FREIRE, Paulo. Algumas reflexões em torno da utopia. In: FREIRE, Ana Maria Araújo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, Paulo. Algumas reflexões em torno da utopia. In: FREIRE, Ana Maria Araújo. Pedagogia do oprimido. 32.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
GATTI, Bernadete; ANDRÉ, Marli. A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em Educação no Brasil. In: PFAFF, Nicole; WELLER, Wivian (Org.). Metodologias da Pesquisa Qualitativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
GOMES, R. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: DESLANDES, S. F; GOMES, R.; MINAYO, M. C. S.(org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 26 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. p. 79-108.
JANUZZI, G. A luta pela educação do deficiente mental no Brasil. São Paulo: Cortez, 1985.
JANUZZI, G. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. São Paulo: Autores Associados, 2004
JEREBTSOV, S. G. (2014). A cidade de L. S. In Veresk (Ed.), Estudos sobre a perspectiva histórico-cultural de Vigostski (pp. 7-29). Brasília: Uniceub.
JOVCHELOVITCH, Sandra; BAUER, Martin. Entrevista Narrativa. In: GASKELL, George; BAUER, Martin (Ed.) Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 90-113.
KIRK, S. A; GALLAGHER, J. J. Educação da criança excepcional. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
KONDER, Leandro. O futuro da filosofia da práxis: o pensamento de Marx no século XXI. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. 5. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.
LESBAUPIN, Ivo. Poder local x exclusão social: a experiência das prefeituras demo cráticas no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2000.
LOBO, Lilia Ferreira. Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2015
LOPES, J. J. M. (2016). Depoimento em aula da disciplina e pesquisa com bebês e crianças. Niteroi: Universidade Federal Fluminense.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Contribuição Piagetiana para a Pesquisa e a Reflexão Pedagógica. Ciclo de Debates. 1996.
MAY, Tim. Pesquisa Social: questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MINAYO, M. C. de S. (Org.). et al. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 30. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
MIRANDA, Arlete Aparecida Bertoldo. História, Deficiência e Educação especial. Disponível em: https://docplayer.com.br/8634951-Historia-deficiencia-e-educacao-especial-1.html. Acessado em: 04/08/2020, 12:03h.
MONTEIRO, Dione Simeão. 1 PENA, Perciliana 2 OLIVEIRA. Silvana Florindo Castro De. FERREIRA, Zeila Miranda. Prática pedagógica, saberes docentes e formação contínua em questão educational practice, knowledge and teacher training in question, 2011.
OLIVEIRA, Moacir Lira de. Do hospício ao Centro de Atenção Psicossocial de Alagoinhas. 2016. 129f. Tese (Doutorado em Família na Sociedade Contemporânea) – Universidade Católica do Salvador, Salvador, 2016.
OMS/OPAS. Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde, CIF. São Paulo: EDUSP, 2003.
ONU – Organização das Nações Unidas. Convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência. Disponível em: https://www.inr.pt/documents/11309/44742/Conven%C3%A7%C3%A3o+sobre+os+Direitos+da+Pessoas+com+Defici%C3%AAncia/7601dc72-a4a6-4631-b9a2-b37b11fe571e. Acesso em:30 set.2021.
PALOMBINI, A. L. (2003). Das mãos de Deus aos avatares da ciência: o estigma da diferença. In Psicologia e educação: multiversos sentidos, olhares e experiências (pp. 120-125). Porto Alegre: Editora UFRGS.
PASSEGGI, M. C. y Souza, E. C. O Movimento (Auto)Biográfico no Brasil: Esboço de suas Configurações no Campo Educacional. Investigación Cualitativa, v. 2, n. 1. p. 6-26, 2017.
PASSOS, Izabel C. Frinche (org). Poder, normalização e violência: incursões foucaultianas para atualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
PEREIRA, Áurea da Silva; CRUZ, Maria de Fátima Berenice da; PAES, Maria Neuma Mascarenhas (Org). Letramentos, identidades e formação de educadores: imagens teórico-metodológicas de pesquisa sobre práticas de letramentos. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2018.
PEREIRA, Áurea S. MOTA, Kátia M.S. Espaços biográficos: o lugar das memórias autobiográficas. In: PEREIRA, Áurea S. (Org.). Práticas de Pesquisa Autobiográfica. 1. ed. Curitiba, PR: 2015, p. 11.
PESSOTTI, I. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: T.A. Queiroz; EDUSP, 1984.
PRESTES, Z. (2013). A sociologia da infância e a teoria histórico-cultural: algumas considerações. Revista de Educação Pública, 22(1), 295-304.
PRODANOV, Cleber Celestino; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2.ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
PROENÇA, Carlos Sangreman. A exclusão social em cabo verde: uma abordagem preliminar. Lisboa, ACEP – Associação para a Cooperação entre Povos, Centros de Estudo do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, 2005. p. 173.
REY, Fernando González. Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
ROCHA, Francisco Franco de. Fragmentos da psiquiatria: Hospício de São Paulo. Tipografia Ribeiro: São Paulo, 1895.
RODRIGUES, David. Inclusão e Educação: Doze Olhares Sobre a Educação Inclusiva. Editora Summus: São Paulo. 2006.
ROSA, Enio Rodrigues da e ANDRÉ, Maria Filomena Cardos. Aspectos políticos e jurídicos da educação especial brasileira. In: Programa Institucional de ações relativas às pessoas com Necessidades Especiais – PEE (org). Pessoa com Deficiência: aspectos teóricos e práticos. Cascavel, PR: EDUNIOESTE, 2006. p. 57-104.
SÁ-SILVA, J. R.; ALMEIDA, C. D. & GUINDANI, J. P. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Ano I, n. I, jul. 2009. Disponível em: https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10351. Acessado em: 03/11/2020, às 10:15h.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos (3.ed.). Rio de Janeiro: WVA, 1999.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997;
SILVA, O. M. (1987). A epopeia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje (p. 211). São Paulo: Cedas.
SMOLKA, A. L., & Vigotski, L. S. (2009). Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática
SOUZA, E. C. O conhecimento de si: Narrativas do itinerário escolar e formação de professores. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Bahia, Brasil, 2004.
SOUZA, Elizeu Clementino de; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. (Org.). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.
VIGOSTSKI, L. S. (2004). Sobre os sistemas psicológicos. In: Teoria e método em psicologia (3 ed.). São Paulo: Martins Fontes.
VIGOTSKI, L. S. (2010). Quarta aula: a questão do meio na pedagogia. Psicologia USP, 21(4), 681-701.
KOWARICK, Lúcio. Sobre a vulnerabilidade socioeconômica e civil – Estados Unidos, França e Brasil, Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 18, n. 51, p. 6185, 2003.
WALBER, Vera Beatris; SILVA, Rosane Neves. As práticas de cuidado e a questão da deficiência: integração ou inclusão? Estudos da Psicologia. Campinas, 23(1), 2006. P. 29-37. Janeiro-março.
WIXEY, Sarah et al., Measuring Accessibility as Experienced by Different Socially Disadvantaged Groups, funded by the EPSRC FIT Programme – Transport Studies Group – Universidade de Westminster, 2005.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Pontos de Interrogação o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.