Graça Graúna: a poesia como estratégia de sobrevivência
DOI:
https://doi.org/10.30620/p.i..v8i1.5195Keywords:
Literatura indígena, Graça Graúna, Entre-lugarAbstract
No seio dos debates sobre o transculturalismo, na literatura, analisamos as construções poéticas das paisagens urbanas, relacionando-as às imagens da memória do território indígena e aos referentes culturais associados em Tear da Palavra (2007) de Graça Graúna. Trata-se de explorar as relações do sujeito poético com o espaço urbano e com os territórios autóctones, levando em consideração a complexidade das figurações que se referem tanto ao processo de interação entre a dimensão espacial e o ser humano, quanto às práticas do espaço e das paisagens. Observamos igualmente as mudanças da paisagem operadas pelas mobilidades forçadas, presentificadas pelos sujeitos poéticos, conforme essas paisagens remetam ao espaço urbano ou a territórios culturais tradicionais. Abordaremos a forma como a autora percebe e representa, em sua obra, a experiência individual e coletiva desses espaços. Os textos de Graúna ultrapassam a dimensão nacional e espelham as problemáticas referentes à ocupação dos territórios dos povos autóctones, inscrevendo-se em um patamar de identidade mais continental, com a reconstrução das identidades emancipadoras na contemporaneidade pluricultural das Américas.
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