China – Brasil
globalização, nova literatura mundial e “competência de mundo”
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v14n1.p115Palavras-chave:
Literatura mundial. Globalização. Competência de mundo.Resumo
O conceito de “Weltliteratur”, originalmente traduzido como “literatura universal”, mas hoje principalmente traduzido como “literatura mundial”, foi cunhado no final do século XVIII e se tornou um termo relevante por meio de J. W. Goethe. Por um lado, ele compete com o conceito de literatura nacional, mas, ao mesmo tempo, também Indica uma política segundo a qual as literaturas nacionais se tornam “literaturas do mundo”, ou seja, recebem “competência de mundo”. Isso depende tanto de sua recepção Internacional, hoje global, quanto do horizonte em que são escritas. Embora a Internacionalização da literatura nos séculos XVIII e XIX tenha sido quase que exclusivamente determinada pelas literaturas europeias, uma mudança decisiva tornou-se evidente na segunda metade do século XX. Atualmente, a reorganização econômica e cultural do mundo, caracterizada principalmente pela descolonização e pelo Sul global – que Inclui em grande parte os países do BRICS – apresenta um novo desafio para transformar essas literaturas nacionais em literaturas do mundo com uma “competência do mundo”. O artigo argumenta que a literatura em sua qualidade de literatura do mundo ainda deve ser considerada um meio relevante para promover a “competência do mundo” entre seus leitores, especialmente sob as condições em que atores culturalmente significativos entram em cena na literatura mundial.
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