Memórias e narrativas do cárcere: tecendo diálogos entre a educação de jovens e adultos, a arte e a universidade
DOI:
https://doi.org/10.30620/p.i..v9i1.7011Resumo
O presente texto teve como objetivo refletir sobre o potencial pedagógico e emancipatório da EJA para as Pessoas Privadas de Liberdade no Maciço de Baturité - Ceará. A reflexão sobre os desafios históricos de reconhecimento da EJA como um direito no contexto brasileiro foi tomada como ponto de partida para as reflexões, passando pelos contributos das experiências estéticas desenvolvidas no contexto educativo das prisões, culminando com os desafios presentes no ingresso e permanência de pessoas privadas de liberdade na educação superior. Ao longo do estudo, são apresentadas discussões sobre a perspectiva problematizadora da educação, compreendida como um horizonte formativo necessário à leitura crítica e à transformação da realidade, no interior da qual são criadas oportunidades de desenvolvimento da sensibilidade, através da arte, estimulando a criatividade, o diálogo, a humanização e a busca de novos espaços formativos, como o contexto universitário. Para a compreensão mais ampla e profunda da formação vivida a partir do contexto do cárcere, dialogamos com um jovem privado de liberdade, recém ingresso na educação superior, através da construção de narrativas autobiográficas. Os resultados afirmam o potencial transformador, emancipatório e humanizador da EJA nos espaços de privação de liberdade, que se materializa através da articulação entre as políticas educacionais de inclusão vigentes no Brasil, no início do Sec. XXI, e as posturas dos educadores que atuam junto a estes sujeitos, expressando sensibilidade, compromisso político e ético com a educação, com os educandos e com a sociedade.
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