O UNIFORME ESCOLAR E SEUS “LUGARES” DE SIGNIFICAÇÃO: AMBIVALÊNCIAS E “IDEAIS DE MULHER”
Resumo
Este trabalho versa sobre o uniforme escolar feminino — essa composição indumentária padronizada e definida pela instituição escolar para uso de seus membros-estudantes em caráter obrigatório — com o objetivo de discutir as transformações nos seus significados. Para tal empreendimento, foram considerados relatos de duas mulheres, de diferentes gerações, que estudaram em escolas formais do estado da Bahia nos anos 1950-1960 e 19801990. Sobre os relatos, um deles é fruto de entrevista, do tipo narrativo, e o outro diz respeito às experiências particulares da autora deste artigo, o que constituiu o mote primeiro para o desenvolvimento desta investigação. Apesar de se tratar de uma narrativa pessoal, de cunho autobiográfico, as interpretações a respeito são fruto do diálogo constante entre os dois autores deste artigo — assim, trata-se de uma experiência pessoal analisada conjuntamente por aquela que viveu a experiência e por um observador externo, ambos pesquisadores. A conclusão é de que pode-se afirmar um relativo esquecimento do uniforme enquanto instrumento pedagógico para construção da mulher ideal na perspectiva burguesa em direção ao debate sobre liberdade e igualdade, a partir dos avanços na individualização, informalização dos costumes e diminuição das distâncias entre homens e mulheres.
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