Memórias do projeto Matemática É Show e as narrativas autobiográficas

dispositivos para uma práxis lúdica, crítica e cultural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/pdi.v11n2.p263

Palavras-chave:

Matemática é Show, Extensão, Memória, Narrativa autobiográfica

Resumo

Neste artigo apresentamos algumas memórias do projeto de extensão “Matemática é Show”, que vem, desde 2011, desenvolvendo atividades que articulam teoria e prática na formação de licenciandos em Matemática, a partir da construção de materiais didáticos diferenciados, lúdicos e contextualizados. Nesta senda, objetivamos fazer uma reflexão sobre seu desenvolvimento, analisando, a partir de narrativas autobiográficas, as contribuições deste projeto para a formação de seus participantes. Para isso, reunimos as respostas dos/as monitores/as do projeto ao questionamento: O “Matemática é Show” para mim é...? Tais narrativas fizeram parte de uma das atividades em comemoração aos dez anos do projeto, realizadas em 2020. Os/as monitores/as expressaram o significado do projeto de forma emocionante e poética, e cada um, em sua singularidade, apresentou as contribuições do “Matemática é Show” para a sua vida acadêmica, pessoal e profissional. As memórias que constituem a história do projeto, de forma efetiva a partir das diversas ações desenvolvidas, demonstram as contribuições positivas para todos os envolvidos e para a comunidade de Alagoinhas e região, tendo em vista que são feitas apresentações públicas em escolas, eventos acadêmicos e na Praça Rui Barbosa da Cidade de Alagoinhas. Assim, podemos dizer que essas narrativas foram surpreendentes e emocionantes dadas a riqueza e a criatividade utilizadas pelos/as monitores/as para expressarem seus relatos, os quais revelam as potencialidades do projeto, bem como a responsabilidade social que temos enquanto educadores/as. Assim, salientamos a importância da extensão e da pesquisa como pilares fundamentais da Universidade, pois oportunizam uma formação diferenciada, lúdica, crítica e cultural.

[Recebido em: 29 jul. 2021 – Aceito em: 30 out. 2021]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniela Batista Santos, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural, Universidade do Estado da Bahia (Pós-Crítica/UNEB/Campus II).

Referências

ANDRADE, Dídima Maria de Mello. Contribuições teóricas do campo da ludicidade no currículo de formação do pedagogo. 2013. Disponível em: http://www.cdi.uneb.br/site/wp-content/uploads/2016/01/0109141613.pdf. Acesso em: 6 maio. 2020.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2007.

BRANDÃO, Vera Maria Antonieta Tordino. Labirintos da memória: quem sou?. São Paulo: Portal Edições: Envelhecimento, 2016. 152 p.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC; SEF, 1998.

BRASIL. LEI Nº 12.835, DE 26 DE JUNHO DE 2013. Dia Nacional da Matemática, Brasília, DF, JUN 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12835.htm. Acesso em: 12 out. 2017.

CRUZ, Marcia de Oliveira. A Narrativa no Ensino de Matemática: a construção da identidade pessoal e do conhecimento. São Paulo: Livraria da Física, 2018. 290 p.

DELORY-MOMBERGER, Christine. A Pesquisa Biográfica ou a Construção Compartilhada De Um Saber Do Singular. Tradução de Eliane das Neves Moura. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto) Biográfica, Salvador, v. 1, n. 1, p. 133-147, jan./abr. 2016.

DELORY-MOMBERGER, Christine. Biografia e educação: figuras do indivíduoprojeto. Trad. Maria da Conceição Passegi, João Gomes da Silva Neto e Luis Passegi. Natal: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2008.

FIORENTINI, Dario. Alguns modos de ver e conceber o ensino de matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Ano 3, n. 4, 1995. ISSN 0104-4877.

FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. Narrativa de Si e Autorregulação da Aprendizagem: uma abordagem autobiográfica que possibilita o investimento na formação docente. In: BARREIRO, Cristhianny Bento; CASTRO, Beatriz Helena Viana (Org.). Narrativas em Educação: teoria e prática. Curitiba: Crv, 2017. Cap. 5. p. 21-38.

GARNICA, Antonio Vicente Marafioti. Notas Sobre Narrativas e Educação Matemática. In: LOPES, Celi Espasandin; NACARATO, Adair Menes (Org.). Educação Matemática, Leitura e Escrita: armadilhas, utopias e realidade. Campinas, Sp: Mercado de Letras, 2009. Cap. 4. p. 79-99. (Série Educação Matemática).

GRANDO, Regina Célia. A escrita e a oralidade matemática na educação infantil: articulações entre o registro das crianças e o registro de prática dos professores. In: NACARATO, Adair Mendes; LOPES, Celi Espasandin (Org.). Indagações, Reflexões E Práticas Em Leituras E Escritas Na Educação Matemática. Campinas: Mercado de Letras, 2013. Cap. 2. p. 35-56.

GRANDO, Regina Célia. O Jogo e a Matemática no Contexto da Sala de Aula. São Paulo: Paulus, 2004. 114p.

LUCKESI, C. Ludicidade e formação do educador. Revista entre ideias, Salvador, v. 3, n. 2, p. 13-23, jul./dez. 2014.

LARA, Isabel Cristina Machado de. Jogando com a matemática de 5ª a 8ª série. São Paulo: Rêspel, 2003.

LUVISON, Cidinéia da Costa. Leitura e escrita de diferentes gêneros textuais: inter-relação possível nas aulas de matemática. In: NACARATO, Adair Mendes; LOPES, Celi Espasandin (Org.). Indagações, reflexões e práticas em leituras e escritas na educação matemática. Campinas: Mercado de Letras, 2013. Cap. 3. p. 57-82.

LUVISON, Cidinéia da Costa; GRANDO, Célia Regina. Leitura e Escrita nas Aulas de Matemática: jogos e gêneros textuais. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2018.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria Metodologia Científica, 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

MINAYO, Maria Cecília de Souza et al. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1994.

NACARATO, Adair Mendes. Pesquisas (com) Narrativas: a produção de sentidos para experiências discentes e doentes. São Paulo: Livraria da Física, 2018. Cap. 15. p. 331-355.

POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212.

SILVA, Américo Júnior Nunes da. Querido diário... o que revelam as narrativas sobre ludicidade, formação e futura prática do professor que ensina(rá) matemática nos anos iniciais. Tese (Doutorado). Universidade Federal de São Carlos, Campus São Carlos. Orientador: Cármen Lúcia Brancaglion Passos. 347f. 2018.

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; PESSOA, Neide Pessoa; ISHIHARA, Cristiane; ISHIHARA, Cristiane. Jogos de Matemática de 1º a 3º ano: cadernos do mathema. Porto Alegre: Artmed, 2008. 120 p. (Ensino Médio).

TAHAN, Malba. O Homem que Calculava, 58. ed. Rio de Janeiro, Editora Record, 2002. 300p.

Publicado

2021-12-28

Como Citar

SANTOS, D. B. S. Memórias do projeto Matemática É Show e as narrativas autobiográficas: dispositivos para uma práxis lúdica, crítica e cultural. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 11, n. 2, p. 263–289, 2021. DOI: 10.30620/pdi.v11n2.p263. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/14393. Acesso em: 4 nov. 2024.