Antropologia: um território em disputa

Autores

Palavras-chave:

estudantes indígenas, estudantes negros, produção antropológica, disputas, resistências.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre as possíveis metamorfoses da antropologia com a entrada de estudantes indígenas e negras nos programas de pós-graduações em antropologia social no Brasil mediante ações afirmativas. E perceber a importância destas presenças para tencionar o campo disciplinar no que se refere as metodologias, teorias, epistemologias e postura política, tradicionalmente utilizadas na produção de conhecimentos antropológico. Destacando, principalmente a leitura de James Clifford (1998); Castro-Gomez (2005); Catherine Walsh (2006); Cardoso de Oliveira (2006); Pechincha (2006); Gersem Baniwa (2015); e outros para tornar visível as disputas discursivas, os embates travados e as reivindicações realizadas no território antropológico. Conclui-se, que embora, as disputas travadas pelos estudantes indígenas, negros e quilombolas no território antropológico se desenvolvam em um campo assimétrico de forças, é possível observar eventos cotidianos de resistências e uma série de práticas discursivas são mobilizadas contra as normas colonialistas, racistas e hegemônicas que permeiam as relações no território acadêmico, com intuito de tencionar a antropologia e provocar uma metamorfose antropológica, a partir de mudanças de cunho metodológico e epistemológico na produção de conhecimento  antropológico (na disciplina).

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Biografia do Autor

Lidiane Alves

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Tocantins- UFT, Campus de Tocantinópolis- TO. Experiência em Antropologia com ênfase em Etnologia Indígena. Foi bolsista do Programa Institucional de Iniciação à Docência- PIBID/ Diversidade, atuou no Programa Institucional Voluntária de Iniciação Cientifica- PIVIC. Participa do Grupo de estudo Rede de Relações Indígenas no Brasil Central e do Núcleos de Estudos e Assuntos Indígenas- NEAI, vinculados a UFT. Mestra em Antropologia Social pela Universidade de Brasília- UNB. Participa do grupo de Pesquisa Laboratório e Grupo de Estudo em Relações Interétnicas-LAGERI. Atualmente é doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de Goiás-UFG.

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Publicado

2020-05-08

Como Citar

Alves, L. (2020). Antropologia: um território em disputa. Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais E Educação, 7(10), 54–63. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/opara/article/view/OPARA10ART4