A Educação de Jovens e Adultos sob o olhar da epistemologia africano-brasileira: desconstruindo metanarrativas
Palavras-chave:
EJA, direito, alteridade civilizatória, formação.Resumo
O presente artigo apresenta inquietações construídas ao longo da nossa formação continuada nos estudos teóricos e mesmo exercício da docência em diferentes cursos de formação de educadores da EJA. Pretende discutir o sentido da formação de forma implicada, na dimensão do vivido-concebido, ao tempo em que apresenta para análise dos leitores questões que emergem do contexto da formação docente para o exercício na EJA e as ressignifica, apresentando-as sob o enfoque da Episteme Africano-Brasileira, sistematizada por Marco Aurélio Luz, na perspectiva de que esta nos auxilie na compreensão de questões que, embora fundantes do processo de formação docente, não se encontram significadas no processo de formação e, consequentemente, na prática pedagógica dos(as) professores(as) que atuam na modalidade e segmentos próprios a Educação de Jovens e Adultos Populares – portanto, negros e afro-brasileiros. Assim é que a Pedagogia Multirracial proposta pelo professor Miguel Arroyo nos conduz na construção de nossas reflexões de forma a organizá-las em três momentos complementares: a contextualização do lugar de onde falamos; o nosso olhar sobre a aprendizagem de sujeitos jovens e adultos sobre a ótica da política racial e, por fim, considerações sobre a construção de um currículo específico para atender aos anseios de formação dos sujeitos jovens e adultos que se colocam enquanto sujeitos da EJA.Downloads
Referências
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