Sexualidades decolonizadas em combate ao discurso de ódio

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Resumo

No Brasil contemporâneo, especialmente na conjuntura pós-golpe de 2016, vimos a efervescência de uma série de facetas escancaradas do discurso de ódio, especialmente direcionado a grupos em situação de vulnerabilidade social, aos direitos humanos e às políticas afirmativas de promoção da igualdade adotadas nas últimas décadas. O presente artigo se debruçou sobre o estudo da linguagem, mais especificamente do uso de certos termos, identificados como neologismos, cujos sentidos são atribuídos em função do sentimento de ódio contra grupos e sujeitos LGBTQI+. Percebe-se que o discurso de ódio tem raízes na colonialidade e no imaginário coletivo produzido pelo mito da democracia racial, que garantem a persistência da heteronormatividade brancocêntrica como um padrão de dominação. A luta pelo reconhecimento da diversidade e por políticas de acesso a direitos é fortalecida pela Constituição Federal de 1988 e o arcabouço jurídico contemporâneo dos direitos humanos. Propõe-se a educação decolonial como forma de combate ao discurso de ódio.

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Biografia do Autor

Felipe Augusto Barreto Rangel, Centro Universitário Leonardo da Vinci, UNIASSELVI, Brasil

Historiador e artista plástico (aquarelista). Graduado em Licenciatura em História (UNEB, 2012); Especialista em História da Arte (CEUCLAR, 2014); Especialista em Direitos Humanos e Contemporaneidade (UFBA, 2020); e Mestre em História (UEFS, 2015). É docente da educação básica (Fundamental II e Ensino Médio), do componente Arte; experiência em cursos pré vestibular, com o componente História Geral e do Brasil; além de atuar em cursos de pós graduação latu senso, em componentes voltados para a formação de professores. Possui interesse em estudos acerca das Religiões e Religiosidades afro-atlânticas, especialmente no bojo da História da Arte, estudos inquisitoriais e amuletos de proteção, além da relação entre o discurso de ódio contemporâneo e a diversidade sexual.

Camila Magalhães Carvalho, Universidade Federal da Bahia, UFBA, Brasil

Doutora e mestre em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - FDUSP. Professora Assistente da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia - UFBA.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Rangel, F. A. B. ., & Carvalho, C. M. . (2020). Sexualidades decolonizadas em combate ao discurso de ódio. Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais E Educação, 8(12), e132011. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/opara/article/view/10768